O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), fez um forte aceno ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta sexta (5) durante um evento em Macapá, no Amapá, em meio à retaliação que vem fazendo ao governo por causa da indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O afago ocorreu durante a conferência do primeiro Centro de Radioterapia do Amapá com a presença do ministro Alexandre Padilha, da Saúde, que Alcolumbre chamou de representante de Lula no ato. O local teve um investimento de R$ 17 milhões do governo.
“Leve meus agradecimentos, pessoais e institucionais, ao presidente da República, que nos tem apoiado e apoiado o Amapá a todo instante. A sua presença aqui é a presença do presidente da República ajudando o nosso Amapá”, afirmou enfaticamente o presidente do Senado.
VEJA TAMBÉM:
-

PT lança “ofensiva democrática” para reeleger Lula e prepara máquina partidária para 2026
O aceno a Lula contrastou com as mais recentes reações e com uma nota publicada no último fim de semana criticando o que classificou como uma tentativa de interferência nas prerrogativas constitucionais do Legislativo. Alcolumbre tentou emplacar o antecessor Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na vaga no STF, e reclamou de não ter sido avisado formalmente pelo presidente pela escolha de Messias.
Alcolumbre melhorou no afago e agradeceu a Lula “pela sensibilidade, pelo compromisso e pelo espírito público, especialmente com o Norte e o Nordeste do Brasil”.
Além da escolha de Messias para a vaga no STF, Davi Alcolumbre reagiu a interlocutores sobre uma fala de Lula nesta quinta (4) contra as emendas impositivas, afirmando que o Congresso Nacional “sequestra 50% do orçamento da União”, um “grave erro histórico”.
Na última quarta-feira (3), Alcolumbre esquentou o clima de crise ao afirmar que não lhe falta coragem “para fazer o que for necessário para proteger o Poder Legislativo brasileiro”. Ele reiterou que todos os que tentaram “usurpar” a prerrogativa do Senado “terão um presidente do Congresso que vai à frente para defender a legitimidade do voto popular”.
“O que nos trouxe aqui foi o sufrágio das urnas, é para elas que devemos satisfação”, frisou. Além disso, o senador demonstrou insatisfação com o que classificou como interferências de outros Poderes no Congresso.
Ele apontou que “cada um cumpra as suas obrigações e fique com suas prerrogativas. O presidente tem a prerrogativa de indicar, o Senado tem que sabatinar e votar e aí sim referendar, sim ou não, no voto secreto”, reforçau.











Deixe o Seu Comentário