O brasileiro Vinícius Júnior, atacante do Real Madrid voltou a ser alvo de ataques racistas na Espanha. Nesta quinta-feira (26), dia do clássico contra o Atlético de Madrid, pelas quartas de final da Copa do Rei, um boneco preto com a camisa 10 – número do uniforme do jogador – apareceu pelo pescoço em uma ponte da capital espanhola , junto a uma faixa com a frase “Madrid odeia o Real” puxada na mureta de proteção. As imagens do ato racista se mantiveram nas redes sociais. O Real recebe o Atlético de Madrid às 17h (horário de Brasília) no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, para buscar uma vaga nas semifinais da Copa do Rei.
O ato racista foi condenado pelo Atlético de Madrid, cujos torcedores são apontados como suspeitos da ação.
“Fatos assim são absolutamente repugnantes e inadmissíveis e constrangem a sociedade. A nossa consideração de qualquer ato que atente contra a dominação de pessoas ou instituições é contundente e categórica”, diz parte da nota oficial no site do clube.
🤍 @vinijr 🤍 #CopaDelRey pic.twitter.com/XIsjPvGPmC
— Real Madrid CF (@realmadrid) 26 de janeiro de 2023
Em apoio ao brasileiro, o Real Madrid classificou o episódio como “ato desprezível” e defendeu a punição aos autores do ataque.
“O Real Madrid está confiante de que expurguem todas as responsabilidades daqueles que participaram de um ato tão desprezível”, afirmou o Real em comunicador sem Twitter.
O presidente da LaLiga, organizador do Campeonato Espanhol, também se manifestou no Twitter e se referiu aos autores da ação como “criminosos”, em repostagem do comunicado de repúdio da entidade.
“Uma mensagem para aqueles que se refugiam à noite para cometer crimes de ódio, vamos localizá-los, vamos obter condenações, para que acabem na cadeia, que é onde deveria estar. Basta já!”.
🤍 @vinijr 🤍 #CopaDelRey pic.twitter.com/XIsjPvGPmC
— Real Madrid CF (@realmadrid) 26 de janeiro de 2023
A entidade organizadora da Copa do Rei, a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), apoiou o jogador brasileiro “diretamente ameaçado por radicais de forma deplorável”. Em nota oficialum RFEF afirmou: Esse tipo de manifestação, carregada de ódio, só incentiva a violência e não tem lugar em nosso esporte.
Racismo reincidente contra Vini Jr.
Nascido em São Gonçalo (RJ), o atacante brasileiro, de 22 anos, vem sendo alvo de ataques desde que chegou à Espanha. No último dia de 2022, Vini Jr desabafou nas redes sociais, após ser alvo de xingamentos racistas no estádio José Zorilla, após ser substituído durante o jogo contra o Valladolid, cujo placar foi de 2 a 0 para o Real.
Os racistas seguem indo aos estádios e assistindo ao maior clube do mundo de perto ea @LaLiga segue sem fazer nada…
Seguirei de cabeça erguida e comemorando as minhas vitórias e do Madrid.
No final a culpa é MINHA. 🤙🏿 pic.twitter.com/5ztuTjP4s6— Vini Jr. (@vinijr) 31 de dezembro de 2022
Meses antes, em setembro, o atacante da seleção já havia sofrido com cântico racistas entoados por torcedores do Atlético de Madri no estádio Estádio Wanda Metropolitano antes de uma partida contra o Real.
Após o desabafo de Vini Jr nas redes sociais, a LaLiga apresentou queixa sobre os ataques racistas ao brasileiro na Justiça de Valladolid.
“Uma acusação criminal por crimes de ódio foi apresentada aos tribunais de magistrados de Valladolid, apoiada por evidências audiovisuais reunidas na investigação realizada por meio de imagens e clipes de áudio publicados em fontes abertas”.
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