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Quem é o principal investidor do consórcio que quer comprar o Paraná Clube


O principal investidor do consórcio que está próximo de comprar 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Paraná Clube chama-se Carpa Family Office, segundo apurou o UmDois Esportes.

Especializada em gestão de fundos, planejamento financeiro familiar e patrimonial, a empresa administra cerca de R$ 6,3 bilhões atualmente. O grupo, que tem escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo, lidera os investidores que planejam aportar R$ 430 milhões no Tricolor ao longo de dez anos.

Após a aprovação da oferta pelo Conselho Deliberativo na noite dessa segunda-feira (4), ainda é necessária a validação do negócio pelo do juízo da Recuperação Judicial. O passo é crucial, já que o clube realinhou o pagamento de suas dívidas há pouco mais de dois meses.

O que é Carpa Family Office?

Fundado em 2015, no Rio de Janeiro, a Carpa Family Office nasceu como uma gestora de investimentos familiares com foco em clientes com ativos de pelo menos R$ 10 milhões.

Entre os sócios da empresa está o diretor estratégico de investimento Celso Colombo Neto, filho do fundador da indústria de alimentos Piraquê, vendida em 2018 por R$ 1,55 bilhão.

Com mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro e de capitais, Colombo estruturou a Carpa para gerir inicialmente os ativos de sua família, mas depois expandiu o negócio para atender outras grandes fortunas familiares.

O CEO da Carpa é o economista Ian Dubugras, ex-presidente dos bancos Bank of America e JP Morgan no Brasil.

Planos para o Paraná Clube

Em novembro, o UmDois revelou a proposta de compra pelo Tricolor, com investimentos no futebol profissional, reestruturação das categorias de base e um novo centro de treinamentos. Durante as negociações, o montante total foi readequado de R$ 495 milhões para R$ 430 milhões – redução de R$ 65 milhões.

O objetivo do consórcio é recolocar o Paraná na Série B em até 2028, dobrar o valor de mercado em cinco anos e tornar o clube referência em gestão e viabilidade financeira. A incorporação de uma equipe da elite estadual foi cogitada para adiantar os planos – o Cianorte foi cortejado –, mas hoje a situação está próxima de um “desejo” do que da realidade.

Outro ponto do projeto cita o resgate da “a autoestima e orgulho da torcida paranista”, infraestrutura compatível com os objetivos e categorias de formação entre as 15 melhores do país em prazo de sete anos.

Sem divisão nacional desde 2022, quando disputou a Série D, o Paraná disputará a Segunda Divisão do Paranaense pela segunda vez consecutiva em 2024.

A intermediação do negócio é conduzida pelas empresas Bridge Sports Capital e Pluri Consultoria, que assessoram outros nove clubes brasileiros no processo de transformação para SAF – entre eles Juventude, Vila Nova e Náutico.

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