Em “Como as finanças do Coritiba podem ser afetadas em caso de rebaixamento”, a jornalista Rafaela Rasera provoca uma questão: é justa a cláusula do contrato que beneficia o Coritiba SAF ao permitir o corte de 50% dos investimentos na hipótese de rebaixamento?
A resposta tem que considerar alguns fatos incontroversos: o Coritiba SAF foi responsável pela contratação dos treinadores António Oliveira, Antônio Carlos Zago e de Thiago Kosloski.
E foi quem contratou mais de trinta jogadores por conta e risco. A sua gestão é a responsável direta pelo rebaixamento que será regulamentado nas últimas rodadas do Brasileirão.
+ Leia as colunas de Augusto Mafuz no UmDois
Não obstante a responsabilidade e a culpa pelo rebaixamento, o contrato lhe autoriza a reduzir 50% do valor de investimento para disputar a Segundona.
Há um desequilíbrio no contrato porque a parte que causou o erro é beneficiada. O Coritiba SAF investiu R$36 milhões em contratações. Considerando que o contrato autoriza-o a reduzir em 50%, o valor para investir na Segundona poderá ser limitado a R$18 milhões. Com esse valor, o Coritiba não volta em 2024.
publicidade
Essa situação lembra o senhor Aldemar Vigário, personagem do imortal Lúcio Mauro, da Escolinha do Professor Raimundo: “Ah! agora eu entendo! Tem algumas respostas que não podem ser dadas. Por isso, eu vou embora …”.
Dirão que não é assim. Pode ser, mas precisa explicar. Como diz o seu Vigário, “eu só queria entender”.
Deixe o Seu Comentário