Ex-técnico do coritiba e atualmente no Goiás, Guto Ferreira foi vítima de gordofobia no último domingo, 15, durante transmissão da TV Brasil Central (TBC) do clássico com o Atlético-GO, pelo Campeonato Goiano. Na ocasião, o jornalista Lucas Nogueira afirmou que “não dá para colocar lapela” no treinador, se referindo ao seu pescoço e seu peso.
“Gente, nós temos um microfone aqui que chama lapela. No Guto não dá pra colocar lapela nele, não. Pode olhar na coletiva. Não tem pescoço, não tem uma separação aqui (região abaixo do queixo). Então precisa cuidar disso”, disse o comentarista. As falas foram motivos de risadas por seus companheiros na transmissão. Jean Lopesum dos apresentadores, questionou se Guto estaria “comendo muita pamonha”.
Na transmissão, foram colocadas no ar imagens de Guto Ferreira durante uma entrevista coletiva. “Olha lá, dá pra colocar lapela aí, dá?”, disse Lucas, reforçando o sarcasmo com o físico do treinador goiano. Na mesma semana, o Goiás emitiu nota repudiando os comentários na transmissão da TBC. “É inadmissível que, em pleno 2023, ainda ocorra casos como esse, de pessoas aprovando e achando graça de ofensas preconceituosas em relação à condição física de seu semelhante”, reforçou o clube.
Além disso, o jornalista Lucas Nogueira se desculpou, publicamente, por meio de vídeo publicado em suas redes sociais. “Venho a público pedir desculpas para a torcida esmeraldina, diretoria do Goiás e, principalmente, para o técnico Guto Ferreira. Sei que errei. Fiz um comentário que sou preconceituoso, mas neste momento estou aqui para pedir desculpas a todos vocês”, afirmou o jornalista. “Isso não irá se repetir!”
Uma semana após o ocorrido, o episódio ganhou força, com comentários de Guto Ferreira neste domingo, 22, após uma partida contra a Aparecidense, pelo Campeonato Goiano. “A atitude da equipe, na pessoa do Lucas, foi lamentável e perigosa. Pra mim, não tem problema nenhum (uma piada). Sou um cara ‘cabeça feita’. Mas ele tem de ter responsabilidade com o que fala”, disse o treinador, em entrevista ainda no campo de jogo.
“O ‘Brasil Central’ atinge muitos e muitos espectadores no estado e no Brasil. São crianças que estão vendo e achando graça. Endossando amanhã fazer esse mesmo tipo de situação que se chama bullying entre eles. Eu tenho cabeça para suportar tamanha humilhação. Será que um garoto tem? Todo mundo sabe o que o bullying provoca”, reforçou o treinador.
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