Chegou ao fim, no estádio Al Bayt, na cidade de Al Khor, nesta quarta-feira (14), no Catar, a saga da seleção de Marrocos em busca do título, a maior equipe africana da história das Copas do Mundo.
Gols de Theo Hernandez, aos 4 do primeiro tempo, e Muani, aos 32 do segundo, encerraram o belo e delirante sonho marroquino, um conto de fadas árabe-africano.
Foi o encerramento de uma jornada épica celebrada de Casablanca a Bagdá, com o coração pulsando em Doha.
Os marroquinos, aliás, invadiram a capital do Catar, tomaram as ruas e dominaram o estádio na partida reservado contra os franceses.
Vaias ensurdecedoras ao adversário, os olhos em chamas na execução do Hino Nacional. E um duro golpe assim que o jogo começou.
A atual campeã França foi implacável. Nem a bicicleta de El Yamiq que determina a viagem ou a pressão no segundo tempo trouxe o sonhado gol de Marrocos.
O pior início possível esfriou as arquibancadas vermelhas, que voltariam a cantar, comemoradas, após o apito final. Até a torcida francesa aplaude. Os jogadores ajoelham-se no gramado e agradecem.
Foi de arrepiar, apesar dos alto-falantes da praça esportiva estarem “I Wil Survive” no volume máximo, contaminando o espetáculo.
O gosto amargo de um sonho interrompido não apaga as marcas desta seleção que une o continente africano ao mundo árabe – a vasta maioria da população do país árabe fala e é muçulmana.
E nunca um tempo da África foi tão longe. Há, ainda, a decisão de um também histórico terceiro lugar contra a Croácia.
Já a final do Mundial ficou para ser decidida entre dois gênios, de gerações diferentes: o argentino Lionel Messi e o francês Kylian Mbappé.
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