O vôlei feminino do Brasil perdeu a chance de disputar a medalha de ouro, ao perder por 3 sets a 2 para os Estados Unidos na partida disputada nesta quinta-feira (8) na Arena Paris Sul, nas Olimpíadas de 2024. Com o resultado, As brasileiras disputarão a medalha de bronze no sábado (10) contra o perdedor da outra semifinal entre Itália e Turquia.
Até o jogo de hoje contra os EUA, o Brasil não havia perdido nenhum definir durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, vencendo por 3 a 0 as partidas disputadas contra Quênia, Japão, Polônia e República Dominicana. Já as norte-americanas tiveram um início ruim, estreando com derrota para a China, mas vencendo Sérvia, França e Polônia.
O primeiro definir foi vencido pelas norte-americanas por 25 a 23. O Brasil empatou vencendo o segundo definir por 25 a 18. Na sequência, os EUA fizeram 25 a 15; e o Brasil venceu o quarto definir por 25 a 23, levando a partida para o Desempatevencido pelos EUA por 15 a 11.
Primeiro definir
O primeiro set foi marcado pela grande vantagem inicial obtida pelas norte-americanas que, com bloqueios eficientes e aproveitando erros de defesa do Brasil, abriram o placar em 5×0.
A ponteira Gabi, esperança de pontos para o Brasil, não começou bem o jogo do ponto de vista ofensivo, ainda que cumpriu bem seu papel com relação ao posicionamento defensivo do Brasil. Seu primeiro ponto só foi acontecer quando o placar já estava em 22 a 22.
A recuperação da equipe brasileira teve início antes, quando a oposta Tainara consegue, após o primeiro rali da partida, fazer o quinto ponto do Brasil, deixando o placar em 8 a 6. Na sequência, o bloqueio brasileiro, desta vez com Carol, mostrou eficiência, fazendo o sétimo ponto, possibilitando ao Brasil voltar ao jogo.
A partida se manteve equilibrada, com o placar chegando a 12 a 12. Com um bloqueio de Carol, o Brasil conseguiu ficar pela primeira vez à frente no jogo, quando o placar marcou 16 a 15. Em outro bloqueio, a diferença aumentou para 17 aos 15 – momento em que o técnico norte-americano Kiraly pediu seu primeiro tempo técnico.
Com erro no saque da ponteira Plummer e um bloqueio de Thaíssa, o Brasil consegue, pela primeira vez, abrir três pontos de vantagem, chegando a 19 a 16. Até então, a equipe brasileira contabilizou sete pontos de bloqueio, mas, na sequência, cometeu uma série de erros de ataque e de defesa que possibilitaram, aos EUA, empatar novamente a partida -19 a 19 – levando o técnico brasileiro, José Roberto, a pedir tempo.
Ainda sentindo a pressão, o time brasileiro deixou os EUA abrirem o placar para 21 a 19, mas retornaram ao empate em 21 a 21, com um ás de Roberta; e em 23 a 23, em contra ataque brasileiro que finalizou com um ponto da ponte Rosamaria, evitando ponto de ajuste para os EUA.
Na sequência, a ponteira Plummer chama a responsabilidade e faz dois pontos para fechar o definir em 25 a 23. Foi o primeiro definir perdido pelo Brasil, desde a estreia nos jogos de Paris.
Segundo definir
Duas jogadoras brasileiras começaram a despontar durante o segundo definir: as ponteiras Ana Cristina e Gabi. Gabi passou a ser mais acionada após um primeiro definir em que atuava de forma mais defensiva.
Do ponto de vista estratégico, o Brasil passou a mirar seus saques no atacante norte-americano Plummer, que, com seus dois metros de altura, teve muito sucesso nos ataques, mas apresentou falhas do ponto de vista defensivo, cometendo erros de recepção.
Ao forçar saques de Plummer, o Brasil conseguiu dificultar o passe da equipe dos EUA, ao mesmo tempo em que dificultou as derrotas dela ao ataque. Mais acionada, Gabi conseguiu fazer três pontos seguidos, deixando o Brasil em vantagem: 6×3.
Em jogo rápido, Thaísa fez o oitavo ponto brasileiro, deixando o placar em 8 a 6, mas os EUA empataram graças a uma bola colocada no centro da quadra do Brasil.
A partir deste ponto, Ana Cristina passou a ser mais acionada, retomando a vantagem para o Brasil – 10×8 – ampliada na sequência com um bloqueio duplo de Rosamaria e Carol. Ao fazer seu quarto ponto de contra-ataque no definira vantagem brasileira passou para 13×8.
Gabi novamente fez uma boa sequência de pontos e, depois, com um ás da Carol, o placar chega a 18×12. Depois, com uma sequência de pontos de Ana Cristina, o Brasil fez 21×15, sendo a atleta a maior pontuadora do jogo, com 14 pontos.
O Brasil chegou ao ponto de ajuste com, em jogo central, fazendo 24×18, para fechar em 25×18 o definirempatando a partida em 1 definir a 1. A maior pontuadora, com 11 pontos, foi Ana Cristina. O Brasil terminou o definir mostrando o bom nível apresentado nas partidas anteriores.
Terceiro definir
O tempo brasileiro iniciou o terceiro definir mantendo uma estratégia de sacar o atacante Plummer, na tentativa de provocar erros na defesa dos EUA. A jogadora, no entanto, voltou mais atenta e conseguiu fazer os dois primeiros pontos do definirdeixando o placar em 2×1.
A estratégia foi mantida por Ana Cristina, sacando na ponteira, mas coube a Drews colocar os Estados Unidos vantagem: 3×2. A oposição passou a ser uma alternativa dos EUA nas situações em que ficou inviável o ataque de Plummer.
O Brasil voltou a apresentar erros de recepção, deixando o tempo norte-americano abrir para 6×3, ampliando para 7×3 após bloqueio diante da tentativa de ataque de Gabi.
O técnico Zé Roberto, então, pediu tempo técnico, mas a estratégia não deu certo e, deixando Plummer livre, os EUA cravam uma cortada e ampliam a vantagem para 12×6 e, depois, para 15×8 com um bloqueio duplo sobre Gabi; e para 20×13 com erro de saque da líbero brasileira Natinha.
Novamente bloqueada, Gabi deixou a equipe norte-americana chegar ao 23º ponto, e o definir data em 25×15. O EUA vê mais um definir jogando mais solto, saindo da partida em 2×1, demonstrando melhorias em fundamentos como bloqueio. Já o Brasil apresentou instabilidade. Dali em diante, passou a jogar com a obrigação de virar a partida para manter viva a chance de obter a medalha de ouro.
Quarto definir
No quarto set, as duas equipes mantiveram o jogo equilibrado, sem grandes distanciamentos no placar, até 9×9. Dali em diante, o Brasil abriu vantagem de três pontos, fazendo 13×10, mas permite aos EUA se aproximarem em 14×13.
O Brasil, então, retomou a frente, chegando a 22×18, em ponto decisivo de Rosamaria explorando o bloqueio adversário. Novamente explorando o bloqueio, Rosamaria fez o Brasil chegar ao ponto de ajusteem 24×21, fechando-o em 25×23 após invasão cometida pela equipe norte-americana.
O Brasil conseguiu empatar a partida em dois sets a dois, levando a partida para o quinto e decisivo definir.
Desempate
O quinto e o decisivo definirmais curto, de apenas 15 pontos, começou com uma sequência de troca de pontos, com as equipes mantendo, no máximo, um ponto de vantagem até Gabi, com uma pancada, explorar o bloqueio dos EUA, fazendo 5×3 para as brasileiras.
Após tempo técnico pedido por Kiraly, as norte-americanas desejam virar a partida em 7×6 e, depois, com Drews, ampliar para 12×8.
A defesa dos Estados Unidos voltou a funcionar no quinto definir, deixando o Brasil em uma situação difícil na reta final da partida. As brasileiras chegaram a cenar com uma ocorrência, após Ana Cristina e Carol pontuarem, trazendo a diferença para 12×10, mas a levantadora Poulter surpreendeu com um ponto, seguido de ponto que decide o jogo bloqueio após feito pelo meio de rede Washington.
A vitória dos EUA veio, então, com Plummer, fechando o último definir em 15×11. Agora, as norte-americanas disputarão a medalha de ouro com a equipe vencedora da outra semifinal, disputada entre Itália e Turquia.
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