O cuidado com a capa se estende à arquitetura instrumental do álbum Mantra concreto. “Do som agudo mais sideral e cristalino descemos aos tremores de terra mais cavernosos, capazes de modular a voz e tudo mais que estava em volta; da regularidade horizontal e geométrica das violências, volta e meia descambamos para acentos verticais em tempos aleatórios; a limpeza mais limpa ea podreira mais podre trocaram figurinhas; música das galáxias, gotas de absinto, uma viola caipira lisérgica, uma máquina de escrever que substitui uma bateria, o ataque de um besouro-sintetizador gigante, o voo de famintos violinos-mosquitos, um violão de nylon fantasma. No meio de tudo, a voz flutuando como um holograma. Acho que levamos Paulo Leminski a seu destino”, conclui Vitor Ramil no texto em que apresenta o álbum Mantra concreto.
Deixe o Seu Comentário