O regime de Nicolás Maduro respondeu neste sábado (29) ao alerta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que declarou que o espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado “completamente fechado”.
Em comunicado divulgado pelo chanceler Yván Gil em seu canal no Telegram, Caracas classificou a mensagem como uma “ameaça colonialista” e um “ato hostil, unilateral e arbitrário”. O governo Maduro afirmou que não refletirá “ordens, ameaças ou ingerências” dos Estados Unidos.
Além disso, Caracas acusou Washington de tentar exercer pressão política por meio de medidas “extravagantes, ilegais e injustificadas”. O comunicado cita o artigo 1º da Convenção de Chicago de 1944, sobre a soberania dos estados sobre o espaço aéreo de seu território.
O que aconteceu?
Ainda neste sábado, mais cedo, Trump havia publicado uma mensagem na rede Truth Social direcionada a companhias aéreas, pilotos, narcotraficantes e “traficantes”. “Pedimos que consideram que o espaço aéreo sobre a Venezuela e seus arredores permanecerão completamente fechados”.
O aviso ocorre em meio ao aumento da atividade militar norte-americana no Caribe. Um exemplo é a deslocação dos porta-aviões USS Gerald R. Ford e mais de uma dezena de embarcações, aeronaves de combate e cerca de 12 mil militares para operações contra o narcotráfico na região.
VEJA TAMBÉM:
- Trump alerta que espaço aéreo da Venezuela deve ser “completamente fechado”
A resposta venezuelana
Na resposta venezuelana, o governo Maduro afirmou que não confiará “ordens, ameaças ou ingerências” dos Estados Unidos.
Yván Gil acusou ainda os EUA de suspenderem os voos de deportação de migrantes venezuelanos que vinham sendo realizados regularmente ao longo do ano. Seriam cerca de 75 voos em 2025, com quase 14 mil deportados.
O governo Maduro encerrou o comunicado pedindo que a ONU, governos “soberanos” e organismos multilaterais condenam a postura dos EUA, que descreveu como uma ameaça à paz continental, à soberania da Venezuela, do Caribe e do norte da América do Sul.
Deixe o Seu Comentário