
Um funcionário da primeira gestão do presidente americano, Donald Trump (2017-2021), disse que o dinheiro “corrupto e sujo” da Venezuela foi direcionado para campanhas de esquerda em outros países da América Latina, incluindo o Brasil.
Marshall Billingslea, ex-secretário adjunto de Financiamento do Terrorismo do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, fez uma acusação em audiência da bancada do Senado americano sobre controle internacional de narcóticos, realizada na terça-feira (21).
“O regime que fomentou a praga socialista que se manteve pela América Latina é o venezuelano. É o dinheiro corrupto e sujo da Venezuela que financiou a campanha do [presidente da Colômbia, Gustavo] Petro. Eles canalizaram dinheiro para o México. Eles canalizaram dinheiro para o Brasil”, disse Billingslea.
“Assim que a democracia para restaurada na Venezuela, todo esse dinheiro de subversão para financiar campanhas socialistas na região vai secar. O mesmo acontece com as receitas do petróleo para o regime cubano, todo o apoio aos nicaraguenses. Esquecemos o que [o ditador da Nicarágua, Daniel] Ortega está fazendo com o povo nicaraguense. É uma farsa. Portanto, a solução começa com a restauração da democracia na Venezuela, no meu entendimento”, disse o ex-secretário.
Na semana passada, o site espanhol The Objective informou que o ex-general venezuelano Hugo Armando Carvajal, conhecido como “Pollo” Carvajal, que foi chefe da inteligência militar venezuelana durante o regime de Hugo Chávez (1999-2013), está colaborando com as autoridades dos Estados Unidos e deve entregar documentos iniciados sobre as redes internacionais de financiamento do chavismo, que foram concluídas com movimentos beneficiados e líderes de esquerda na América Latina e na Espanha.
Em 2021, de acordo com o site Ok Diario, Carvajal teria informado à Justiça da Espanha em carta que os regimes de Hugo Chávez e Nicolás Maduro fizeram pagamentos ilegais a partidos e políticos de esquerda no país europeu e na América Latina, e que entre os beneficiários estariam os os atuais presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Colômbia, Gustavo Petro, e os ex-presidentes da Argentina Néstor Kirchner (2003-2007) e da Bolívia Evo Morales (2006-2019).
Na época, a assessoria de Lula negou que ele tenha recebido dinheiro da Venezuela. “O ex-presidente Lula teve todos os seus sigilos quebrados e detalhados ao longo de anos e nenhuma irregularidade ou valor ilegal foi encontrado em suas contas”, apontou. Outros citados também negaram qualquer irregularidade.











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