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Venezuela enfrenta pagamento nacional; ditadura fala em “sabotagem”

Venezuela enfrenta pagamento nacional; ditadura fala em “sabotagem”

O regime da Venezuela acusou uma oposição agrupada de que chama de “extrema direita” por uma “sabotagem elétrica” que, segundo o chavismo, foi a causa de um apagão que o país enfrentou desde as 4h50 locais (5h50 em Brasília) desta sexta-feira. feira (30).

“A extrema direita tentou uma medida desesperada, uma medida cega, uma medida teimosa que não vai a lugar nenhum para roubar a paz dos venezuelanos”, declarou o ministro da Comunicação do regime de Nicolás Maduro, Freddy Ñáñez, em um vídeo que especificamente no Telegram, sem apresentar provas.

De acordo com Ñáñez, o anúncio “faz parte do plano de golpe” que “foi reforçado” pelo líder da maior coalizão de oposição – a Plataforma Unitária Democrática (PUD) -, Edmundo González Urrutia, e sua maior apoiadora, María Corina Machado, cuja inelegibilidade o ministro espera que dure “o resto dos dias”. María Corina foi inabilitada pelo chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a mesma que fraudou as eleições e disse que Maduro venceu uma disputa realizada em 28 de julho.

Ñáñez reiterou que o anúncio se trata de uma “nova sabotagem” que “afetou quase todo o território nacional”, já que foram recebidas denúncias de Caracas e dos 23 estados sobre a perda “total ou parcial” do fornecimento de eletricidade.

O ministro indicou que as autoridades estão enfrentando essa situação com um “plano antigolpe” que já estava em vigor desde antes das eleições presidenciais de 28 de julho, diante dos supostos planos da “opção fascista da extrema direita” para “destruir” as instituições e o “sistema eleitoral”.

“Eles não conseguiram fazer isso nos dias 28, 29 e 30 de julho, não conseguiram fazer isso com engano ou violência, e hoje pretenderam uma medida desesperada”, analisou Ñáñez, que acrescentou que o objetivo dessa suposta sabotagem é “tirar” a “ tranquilidade” da população.

Esse novo anúncio ocorre em meio intensa repressão contra os opositores postados na prática pelo regime de Maduro desde a fraude eleitoral. Maduro vem tentando “legalizar” a manipulação dos resultados que o elegeu para um terceiro mandato consecutivo, conseguindo inclusive que a Suprema Corte da Venezuela, controlada por uma aliada sua, validasse os números apresentados pela CNE, mesmo sem o órgão apresentar as provas, como uma legislação manda.

Diversos opositores ligados a Corina Machado e González já foram vítimas do chavismo nos últimos dias, sendo alvo de sequestros e detenções arbitrárias.

Vários estados da Venezuela sofrem com pagamentos frequentes, em alguns casos com duração de até uma semana, de acordo com relatos regulares de usuários de diferentes regiões do interior e de áreas populares de Caracas.

O último grande anúncio nacional ocorreu em março de 2019, quando grande parte do país ficou sem energia por quatro dias. À época, o regime também atribuiu o problema à sabotagem, culpando a oposição e os governos dos Estados Unidos e da Colômbia, então liderados por Donald Trump e Iván Duque, respectivamente.

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