A Ucrânia negou nesta quinta-feira (22) que suas tropas tentaram atacar a central nuclear do oblast russo de Kursk, onde as tropas de Kiev assumiram o controle de entregas de cidades nas últimas semanas.
O governo de Kiev rechaçou assim as declarações feitas horas antes pelo ditador da Rússia, Vladimir Putin, nas quais acusou a Ucrânia de ter tentado atacar a central na noite desta quarta-feira (21), sem dar mais detalhes sobre o assunto.
“O cenário desejado pela Rússia, segundo o qual as Forças Armadas da Ucrânia estariam atacando a central nuclear de Kursk para acusá-las de terrorismo nuclear, não se sustenta”, afirmou o chefe do departamento de combate à desinformação do Conselho Nacional de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andrii Kovalenko, citado pelo jornal Kyiv Independente.
Kovalenko garantiu que “tudo aponta para o fato de a Rússia levar o cabo sozinho esta provocação” para acusar a Ucrânia a opinião pública internacional.
A Ucrânia e a Rússia acusaram-se repetidamente de atacar uma central nuclear na região ucraniana de Zaporizhzhya, sob controle russo desde os primeiros dias da invasão militar russa.
Estas acusações mesmas cruzadas foram agora a serem repetidas em relação à central nuclear de Kursk, localizada em território sob controle russo, nessa região fronteiriça com a Ucrânia, onde Kiev assumiu o controle de algumas áreas.
Também nesta quinta-feira, Putin disse ter informado a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre a suposta tentativa de ataque por parte da Ucrânia.
O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, anunciou que visitará a usina nuclear de Kursk na próxima semana devido ao risco representado pelas hostilidades na área.
Especialistas de Grossi e da AIEA já visitaram a fábrica de Zaporizhzhya em diversos benefícios.
A AIEA fez um apelo às partes em conflito para que se abstenham de atacar ou colocar em risco as instalações nucleares.
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