Uma confusão iniciada por manifestantes de esquerda em uma área restrita da Cúpula do Clima da ONU (COP 30) na terça-feira (11) ganhou ampla repercussão em jornais no exterior, no segundo dia do evento.
Ativistas indígenas e membros do Coletivo Juntos, ligados ao PSOL, entraram em confronto com seguranças na chamada Zona Azul, numa tentativa de invasão do local. As portas de entrada foram quebradas e os manifestantes foram contidos. Em nota, a ONU disse que investiga o caso e duas seguranças ficaram feridas.
O jornal britânico Telégrafo noticiou o episódio dando ênfase ao uso da violência pelos ativistas. “Manifestantes indígenas armados com cassetetes invadem a COP 30 no Brasil”, diz o título da publicação. No texto, o jornal acrescentou que dois funcionários da segurança da ONU ficaram feridos em confrontos violentos com um grupo indígena em Belém.
Uma rede França 24 Relatou que dezenas de manifestantes indígenas invadiram uma área da COP 30, enquanto “exigiam maior acesso às negociações e uma voz mais forte na gestão florestal”.
A agência de notícias Imprensa Associada (AP) destacou que os manifestantes confrontaram as forças de segurança no principal local de negociação da cúpula.
Em conversa com uma das pessoas presentes no momento do tumulto, Agustin Ocaña, coordenador de mobilização juvenil da Global Youth Coalition, disse que estava do lado de fora quando viu dois grupos de pessoas caminhando na direção ao local do evento.
Inicialmente, segundo a fonte, eles estavam “basicamente dançando e cantando”. No entanto, a situação saiu de controle após o grupo tentar invadir o local onde acontece a conferência.
Uma emissora britânica BBC noticiou que seus repórteres no local acompanharam o momento em que funcionários da segurança das Nações Unidas correram até uma fileira de soldados brasileiros avisando a saída dos delegados daquela área.
A agência de notícias Reuters destacou o relato de uma segurança, que disse ter sido atingido na cabeça por um tambor arremessado por um manifestante.
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