
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (8) que Israel e o grupo terrorista Hamas concordaram com a primeira fase do plano de paz mediado por Washington, que prevê a liberação de todos os reféns e a retirada parcial das tropas israelenses como primeiros passos rumo ao rumo uma “paz forte, firmeza e eterna”, segundo suas palavras.
“Tenho muito orgulho em anunciar que Israel e o Hamas aprovaram a primeira fase do nosso Plano de Paz. Isso significa que todos os reféns serão libertações muito em breve, e Israel retirará suas tropas até uma linha acordada, como os primeiros passos em direção a uma paz forte, firmeza e eterna. Todas as partes serão tratadas de forma justa! Este é um grande dia para o mundo árabe e muçulmano, para Israel, para todas as nações vizinhas e para os Estados Unidos da América, e agradecemos aos mediadores do Catar, Egito e Turquia, que trabalharam conosco para tornar este evento histórico e sem precedentes possível. Bem-aventurados os pacificadores!”, escreveu Trump em sua rede social, Truth Social.
Segundo o jornal Tempos de Israelfontes próximas às negociações confirmaram que o acordo prevê a liberação de todos os reféns no sábado (11), após a assinatura formal do documento, marcado para ocorrer nesta quinta-feira (9), no Egito. O governo do Catar, um dos mediadores, informou que os detalhes da primeira fase deste plano serão anunciados mais tarde, e que o acordo inclui “o fim da guerra, a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos, e a entrada de ajuda humanitária em Gaza”, conforme declarou a porta-voz da chancelaria Majed al-Ansari.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se manifestou sobre o anúncio, dizendo que “com a ajuda de Deus, traremos todos para casa”, em referência aos reféns.
Como é o plano de Trump
O plano de Trump, apresentado no início da semana passada, prevê que Gaza deve se tornar “uma zona desradicalizada e livre de terrorismo, que não representará uma ameaça aos seus vizinhos”, e estipula que, assim que os 48 reféns israelenses que permanecerem em Gaza (dos quais acredita-se que 20 estão vivos) para libertadores, os membros do Hamas “que se comprometem com a coexistência de importação e a entregar suas armas concedidas anistia”.
“Os membros do Hamas que desejarem permitir que Gaza receba passagem segura para os países receptores”, acrescentou a proposta.
O texto também propõe que Gaza seja governada provisoriamente por um comitê especializado “tecnocrático e apolítico, [que será] responsável pela administração diária dos serviços públicos e dos municípios”.
Esse comitê, composto por “palestinos independentes e especialistas internacionais”, terá supervisão de um órgão internacional de transição, chamado Conselho da Paz, presidido por Trump e que terá outros membros e chefes de Estado, incluindo o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
“Esse órgão estabelecerá uma estrutura e administrará o financiamento para a Autoridade de Gaza até que a Palestina conclua seu programa de reformas, conforme delineado em várias propostas, incluindo o plano de paz do presidente Trump em 2020 e a proposta saudita-francesa, e possa retomar o controle de Gaza de forma segura e eficaz”, indicado o plano.
Na sua resposta inicial na sexta-feira passada (3), o Hamas disse aceitar a troca de todos os reféns por prisioneiros palestinos e ceder a gestão de Gaza para a administração palestina de “tecnocratas”, desde que haja “consenso nacional palestino e apoio árabe e islâmico”, mas não falou sobre a anistia e sobre entregar armas.
O grupo terrorista se limitou a dizer na ocasião que os itens do plano de paz que falam do futuro de Gaza devem ser considerados no âmbito de “uma estrutura nacional palestina inclusiva, da qual seremos parte integrante e para a qual contribuiremos com total responsabilidade”.











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