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Trabalhistas anunciam maior alta de impostos em 31 anos

Trabalhistas anunciam maior alta de impostos em 31 anos


A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, garantiu a caixa com o documento detalhando o orçamento do país antes de apresentá-lo no Parlamento, nesta quarta-feira (30)| Foto: EFE/EPA/TOLGA AKMEN

A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, apresentou nesta quarta-feira (30) ao Parlamento britânico o primeiro orçamento do novo governo trabalhista do país. O documento prevê aumento de impostos de 40 bilhões de libras (cerca de R$ 300 bilhões) por ano.

Segundo a agência Reuters, o Instituto de Estudos Fiscais (IFS, na sigla em inglês), uma das mais importantes instituições de pesquisas nessa área no Reino Unido, apontou que esse valor representaria 1,25% da produção econômica britânica, a maior porcentagem desde 1993.

Reeves alegou que os conservadores, que deixaram Downing Street (a residência do primeiro-ministro do Reino Unido) em julho, legaram para os trabalhistas um “buraco negro” no orçamento. A ministra também anunciou que aumentou o investimento para obter mais recursos para investimentos.

“Qualquer ministra responsável tomaria medidas [como essas]”, disse. “É por isso que hoje estou restaurando a estabilidade de nossas finanças públicas e reconstruindo nossos serviços públicos.”

A oposição criticou a alta de impostos. O partido de direita nacionalista Reforma Reino Unido publicou nas redes sociais uma ilustração com Reeves com uma máscara e um gorro de ladrão.

“Escondam suas carteiras… O orçamento de Robbing Reeves [trocadilho com o verbo roubar em inglês e Robin Hood] será um clássico trabalhista — altos impostos e individualização ainda maior”, escreveu a legenda.

Rain Newton-Smith, CEO da Confederação da Indústria Britânica (CBI, na sigla em inglês), divulgou uma nota também criticando o orçamento dos trabalhistas.

“Este é um orçamento complicado para as empresas. Embora o Planejamento do Imposto Corporativo ajude a criar uma estabilidade muito necessária, o aumento nas Contribuições do Seguro Nacional, juntamente com outros na base de custos do empregador, aumentará o fardo sobre as empresas e afetará a capacidade de investimento e, na última análise , poderá mais caro contratar pessoas ou dar aumentos salariais”, alertou o CEO.

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