O governo de Taiwan informou nesta sexta-feira (29) que detectou 41 movimentações militares da China, envolvendo aeronaves e navios de guerra próximos à ilha. A operação ocorre às vésperas da primeira viagem internacional do presidente taiwanês, William Lai Ching-te, com prováveis escaladas nos Estados Unidos, fato que intensificou a retórica agressiva de Pequim.
De acordo com o Ministério da Defesa de Taiwan, foram identificados 33 aviões militares, incluindo caças J-16 e aeronaves KJ-500, além de oito embarcações chinesas operando em áreas próximas à ilha. Um balão aerostático também foi avistado na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan, 172 km a oeste da cidade portuária de Keelung, que abriga uma importante base militar.
Os exercícios, descritos como “patrulhas conjuntas de preparação para o combate” por Taipei, representam o maior número de incursões militares chinesas em mais de três semanas.
Pequim intensificou suas operações após o anúncio da agenda de William Lai, que inclui visitas às Ilhas Marshall, Tuvalu e Palau, aliados diplomáticos de Taiwan. Durante a trajetória, Lai fará paradas estratégicas no Havaí e em Guam, territórios norte-americanos, ou que foi condenado imediatamente pela ditadura comunista liderada por Xi Jinping.
O presidente Lai embarca na viagem internacional nesta sexta-feira e retorna em 6 de dezembro. Pequim tem um histórico de aumento à medida que líderes taiwaneses ou representantes internacionais desafiam sua posição. Em 2022, a visita da então presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha democrática, gerou uma resposta militar imediata, com exercícios de grande escala ao redor de Taiwan.
O regime da China considera Taiwan parte do seu território e busca isolar a ilha de qualquer apoio internacional.
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