A SpaceX, empresa de exploração espacial do bilionário Elon Musk, aposentou seus funcionários do Brasil e desencorajou viagens ao país, segunda informações divulgadas nesta quarta-feira (4) pelo jornal americano O Jornal de Wall Street.
A decisão reflete mais o impacto da disputa entre Musk e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), envolvendo as ordens consideradas como ilegais pelo bilionário sul-africano que foram emitidas pelo ministro do STF contra a plataforma de mídia social X, que também pertence a Musk.
Conforme notificado o Jornal de Wall Street, A SpaceX, por meio de um comunicado interno contratado pela presidente e diretora de operações da empresa, Gwynne Shotwell, recomendou que seus funcionários evitassem viagens ao Brasil, tanto a trabalho quanto a lazer. Além disso, a companhia americana retirou seu grupo de funcionários estrangeiros que ainda estava presente no país.
A publicação também citou que o aumento da tensão judicial entre Musk e o STF afetou a Starlink, a divisão de satélites da empresa, que teve suas contas congeladas no Brasil, decisão numa que Musk classificou como uma “ação absolutamente ilegal do ditador Alexandre de Moraes” .
O Jornal de Wall Street lembrou que os satélites da Starlink tiveram um papel “crucial no desenvolvimento da conectividade em áreas remotas do Brasil, incluindo a Amazônia”.
A suspensão do X no Brasil ocorreu após a plataforma decidir não acatar ordens que determinadas como “ilegais” emitidas por Moraes, nas quais ele permitiu a remoção de perfis e conteúdos da rede social, bem como o envio de dados. O próprio Musk utilizou seu perfil no X para rechaçar as ordens de Moraes, chegando a classificá-las como tentativa de censura.
O Jornal de Wall Street Citou que, em 2020, quando Musk se reuniu com o então presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), a Starlink consolidou uma parceria para fornecer internet para regiões remotas do Brasil, iniciativa que agora está em xeque após os avanços de Moraes contra o X .
Deixe o Seu Comentário