Um soldado israelense de 45 anos, identificado por fontes militares como Mahmud Amaria, morreu na manhã desta segunda-feira (19) em decorrência de um ataque de drones na região da Galiléia Ocidental, no norte de Israel, lançado pelo grupo terrorista libanês Hezbollah.
De acordo com um comunicado do Exército israelense, cinco aeronaves não tripuladas carregadas de explosivos cruzaram o Líbano e três delas foram interceptadas pelo sistema de defesa aérea Iron Dome.
Os outros dois drones atingiram a Galileia Ocidental, um perto da comunidade fronteiriça israelense de Gesher Haziv e outro em uma base militar perto de Ya'ara, onde, além da vítima mortal, um número indeterminado de soldados feridos, um deles em estado grave .
Segundo o Hezbollah, o ataque ocorreu em resposta à guerra na Faixa de Gaza e em retaliação ao ataque israelense do final da semana que matou um de seus membros na área de Qadmous, na faixa sul do Líbano.
“Os combatentes da Resistência Islâmica lançaram uma operação aérea coordenada com esquadrões de drones de ataque, que tiveram como alvo o quartel de Yaara – sede da Brigada Ocidental 300 – e a base de Sanat Chin – uma base logística afiliada ao Comando do Norte”, detalhou o grupo terrorista em comunicado.
Mais tarde, a Força Aérea israelense também atacou terroristas do Hezbollah na área de Hula, no sul do Líbano, além de desmantelar estruturas militares em Ayta ash Shab e Hanine, enquanto o grupo terrorista do Líbano confirmou a morte de dois de seus membros, sem dar detalhes sobre o local ou situação.
O Centro de Operações de Emergência do Ministério da Saúde Pública do Líbano confirmou a morte de duas pessoas devido ao ataque perpetrado por “inimigo israelense”, sem oferecer detalhes sobre a identidade das vítimas ou sua possível filiação a algum grupo armado.
Segundo a agência de notícias libanesa ANNos mísseis foram disparados por uma aeronave não tripulada e visavam especificamente à área de Aabra.
A região do Oriente Médio e a comunidade internacional temem o eclosão de uma guerra aberta entre o Hezbollah e Israel, especialmente depois do bombardeio israelense em julho que matou o principal comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, nos arredores de Beirute.
Desde outubro, a troca diária de disparos na fronteira – com ataques de drones e foguetes – já custou a vida de mais de 620 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmaram mais de 380 baixas – algumas na Síria – , além de mais de 120 civis.
Em Israel, 49 pessoas morreram na fronteira norte, entre eles 23 soldados e 26 civis, incluindo 12 menores no ataque à cidade drusa de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, no final de julho.
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