O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na noite desta sexta-feira (7) que os senadores americanos “não devem” deixar a capital, Washington, até que seja aprovado uma proposta para dar fim à paralisação do governo federal, o chamado shutdown.
“O Senado dos Estados Unidos não deve deixar a cidade até que haja um acordo para encerrar o shutdown dos democratas. Se não conseguirem chegar a um acordo, os republicanos devem acabar com a obstrução imediatamente e cuidar dos nossos estimados trabalhadores americanos!”, escreveu Trump na rede Truth Social.
Assim como no Brasil, os senadores americanos costumam viajar para os seus redutos eleitorais no fim da semana.
O desligamento atual, que hoje é no seu 38º dia, já é o mais longo da história dos Estados Unidos. A paralisação teve início em 1º de outubro, porque o Senado americano não consegue aprovar uma lei de financiamento do governo federal.
Apesar de terem maioria no Senado, com 53 das cem cadeiras, os republicanos precisam de votos da oposição devido à chamada obstrução, regra que determina que apenas projetos com 60 votos elaborados ou mais avançadosm na casa.
Tal barreira tem impedido a aprovação de um orçamento e desde 1º de outubro apenas serviços essenciais do governo americano estão em funcionamento. Trump tem reiterado seus pedidos pelo fim da obstrução, ao qual os próprios senadores republicanos resistem.
O impasse reside no fato de que os democratas querem que uma lei de financiamento do governo federal inclua uma extensão dos subsídios do programa Obamacare para que famílias de baixa renda paguem planos de saúde.
Hoje, o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, disse que os democratas votarão a favor de uma proposta de prorrogação dos subsídios por um ano.
Os republicanos, por outro lado, só aceitam discutir a extensão dos benefícios se a paralisação do governo federal acabar e quiserem uma lei de financiamento provisório.
Nesta sexta-feira, o tráfego aéreo nos EUA foi reduzido em 10% por ordem da Administração Federal de Aviação (FAA), devido à falta de cerca de 2 mil controladores aéreos, procurando queam outros empregos após não receberem pagamentos em decorrência do shutdown.

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