O senador republicano Lindsey Graham pediu que o Senado dos Estados Unidos aprovasse um pacote de avaliações contra membros do Tribunal Penal Internacional (TPI), após a corte de Haia ter emitido nesta quinta-feira (21) mandatos de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa do país Yoav Gallant, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade no conflito na Faixa de Gaza.
A mesma medida foi expedida contra Mohammed Deif, chefe da ala militar do grupo terrorista Hamas que as forças israelenses dizem ter matado em julho, mas a organização Palestina não confirmou o óbito.
“O tribunal é uma piada perigosa. Agora é hora do Senado dos EUA agir e sancionar esse órgão irresponsável. O tribunal contestou todos os conceitos de justiça fundamentais e legítimos como ações de um procurador corrupto [Karim Khan]”, escreveu Graham no X.
“Ó senador [democrata Chuck] Schumer [líder da maioria no Senado] precisa aprovar a lei bipartidária que veio da Câmara sancionando o tribunal por tal ultraje, e o presidente [Joe] Biden precisa assiná-la”, acrescentou o republicano.
O projeto de lei que Graham fez referência foi aprovado na Câmara dos Estados Unidos em junho, pouco depois de Khan ter anunciado que havia pedido de mandados de prisão contra Netanyahu e Gallant.
O pacote prevê análises contra pessoas envolvidas em processos no TPI contra americanos ou cidadãos de países aliados dos Estados Unidos que não são signatários do Estatuto de Roma, que criou o tribunal, caso de Israel.
A lei também prevê a proibição de entrada nos Estados Unidos de membros do TPI envolvidos nesses processos, revogação de vistos e restrições à compra ou venda de propriedades no território americano. Encaminhado ao Senado, o projeto ainda não foi votado na alta câmara do Congresso dos Estados Unidos.
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