O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, comunicou nesta quinta-feira (12) ao opositor venezuelano Edmundo González que seu país continuará trabalhando a favor da democracia, do diálogo e dos direitos fundamentais do povo da Venezuela.
Sánchez recebeu o ex-candidato à presidência venezuelano – que pediu asilo na Espanha – e sua filha, Carolina González, no Palácio da Moncloa.
O mandatário já tinha anunciado que iria encontrar-se com o líder da oposição após a viagem que fez à China. O encontro no Palácio da Moncloa não foi anunciado oficialmente com antecedência pelo chefe do governo espanhol, que só informou sobre a reunião mais tarde em sua conta na rede social X.
“Dou as boas-vindas ao nosso país a Edmundo González, a quem acolhemos, demonstrando o compromisso humanitário e a solidariedade da Espanha com os venezuelanos”, escreveu Sánchez, em uma publicação acompanhada de imagens passadas pelos jardins de Moncloa com González e sua filha.
Além disso, ele garantiu que “a Espanha continua trabalhando a favor da democracia, do diálogo e dos direitos fundamentais do povo irmão da Venezuela”.
A reunião acontece um dia após o Congresso, por proposta da oposição conservadora e com o voto contrário dos socialistas, ter pedido ao governo para reconhecê-lo como vencedor das últimas eleições venezuelanas.
Em resposta, o presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, pediu a aprovação urgente de uma resolução para a ditadura de Nicolás Maduro “romper imediatamente todas as relações” com a Espanha.
O ex-candidato antichavista González Urrutia chegou no último domingo a Madri em um avião da Força Aérea Espanhola, depois de permanecer alguns dias na residência do embaixador espanhol em Caracas.
Segundo o ministro das Relações Exteriores de Caracas, José Manuel Albares, o regime “facilitou” a saída do opositor da Venezuela, “sem quaisquer condições ou contrapartidas do regime de Nicolás Maduro”, o que foi desmentido posteriormente pelo governo espanhol.
No entanto, apesar do encontro entre as lideranças, o governo espanhol não considera pesar a vitória da oposição no dia 28 de julho, como pediu o Congresso, e remete para a posição comum mantida pelos parceiros da União Europeia, que continuam a exigir as atas eleitorais das eleições.
Em comunicado divulgado através de sua conta no X, após chegar na Espanha, González Urrutia agradeceu “profundamente” ao governo espanhol por ter reunido ele e sua família, obrigado que sua filha Carolina reiterou ao ler uma mensagem do seu pai durante uma concentração realizada nesta quarta-feira (11) em frente ao Congresso, quando se debateu a iniciativa do PP de considerar a vitória do líder antichavista. (Com Agência EFE)
Deixe o Seu Comentário