O empresário Elon Musk, CEO da Tesla e dono do X, qualificou-se nesta terça-feira (29) de “muito preocupante” a supervisão de inteligência artificial (IA) com uma filosofia “woke” (progressista) e pediu que se desenvolvesse essa tecnologia de forma que “busque a verdade ao máximo”, em um momento em que ele está sendo uma das principais figuras da campanha do ex-presidente dos Estados Unidos e candidato pelo Partido Republicano à Casa Branca, Donald Trump.
“O que eu vi produzido não busca a verdade ao máximo, eles tendem a ser politicamente corretos […] Temos filosofias 'acordei', niilistas, na minha opinião, que essas IAs levantaram que são muito preocupantes”, declarou Musk em discurso por videoconferência na Future Investment Initiative (FII) realizada em Riad, capital da Arábia Saudita, evento conhecido como o “Davos do deserto”.
Musk relatou que, após o lançamento da inteligência artificial Gemini, desenvolvida pelo Google, a IA foi questionada sobre qual situação seria mais problemática: errar o gênero de Caitlyn Jenner (ex-atleta trans) ou uma guerra termonuclear global. Segundo Musk, a IA respondeu que o erro de gênero seria uma situação mais grave.
“Obviamente é um problema, porque todos nós morreríamos em uma guerra termonuclear”, declarou o empresário sul-africano. “Se a IA for programada para coisas desse tipo, ela poderia chegar à conclusão de que a coisa a ser feita para garantir que ninguém primeira erre o gênero é aniquilar todos os humanos”, acrescentou.
Avanço anual
Musk declarou que as IAs estão melhorando “cerca de dez vezes por ano” e que essa tecnologia será capaz de “fazer qualquer coisa que um ser humano possa fazer em possivelmente um ou dois anos”.
“Quanto tempo mais será necessário para conseguir fazer o que todos os humanos juntos fazem? Acho que não muito, provavelmente daqui a três anos?”, anterior.
Ele reiterou que a IA representa “uma ameaça existencial significativa” se não for regulamentada, um problema que equiparou ao “colapso da população mundial e ao colapso mundial das taxas de natalidade”.
“Se você não criar nenhum ser humano, não haverá humanidade, e todas as políticas do mundo não importarão. Eu incentivo as pessoas a terem muitos filhos”, disse o empresário, pai de 12 filhos.
Ao mesmo tempo, ele previu que até 2040 todos os países terão várias inteligências artificiais e que haverá “muitos robôs, muito mais robôs do que pessoas”.
“Em 25 anos, haverá pelo menos 10 bilhões de robôs humanoides a um preço bastante baixo, talvez de US$ 20 mil a US$ 25 mil por um robô que pode fazer qualquer coisa. Estaremos em um futuro de abundância”, concluiu o empresário.
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