O ditador da Rússia, Vladimir Putin, planejou nesta terça-feira (29) a realização de exercícios de forças estratégicas de dissuasão nuclear para testar o lançamento de mísseis balísticos e de cruzeiro.
“Treinaremos as ações dos comandantes para controlar o uso de armas nucleares com lançamentos de mísseis balísticos e de cruzeiro”, disse o chefe do Kremlin durante uma declaração transmitida pela televisão russa.
Putin enfatizou que, “levando em conta o aumento das geopolíticas e o surgimento de novas ameaças e riscos externos, é importante ter forças estratégicas modernas que estejam permanentemente prontas para o uso em combate”.
Ele enfatizou que a tríade nuclear – mísseis intercontinentais, submarinos atômicos e aviação estratégica – continua sendo uma “garantia confiável da soberania e da segurança do país, o que possibilita o cumprimento das tarefas de dissuasão estratégica”.
O ditador russo acrescentou que isso também possibilita “manter a paridade nuclear e o equilíbrio de poder no mundo como fatores objetivos da estabilidade global”.
Ao mesmo tempo, Putin afirmou que “a Rússia confirma sua posição de princípio de que o uso de armas nucleares é uma medida extrema e extraordinária para garantir a segurança”.
O chefe do Kremlin insistiu que Moscou pretendesse desenvolver ainda mais todos os componentes do seu arsenal nuclear como parte do programa de rearmamento do Estado, para que aumentassem consideravelmente os gastos com defesa desde o início da guerra na Ucrânia. Isso incluirá o fornecimento de forças estratégicas de novos sistemas de mísseis fixos e móveis que são muito mais precisos e também desativados menos tempo para serem lançados, disse ele.
“E, o que é muito importante, com maiores possibilidades de superar os sistemas de defesa antimísseis”, acrescentou, referindo-se ao escudo dos EUA.
No entanto, o chefe do Kremlin disse que, embora a Rússia pretenda fortalecer suas forças nucleares com armamentos modernos – atualmente esse indicador está em 94% -, o país não pretende se envolver em uma “nova guerra armamentista”, como aconteceu com a União Soviético.
No final de julho, as ditaduras da Rússia e da Bielorrússia realizaram conjuntamente manobras táticas usando mísseis balísticos Iskander-M.
Putin anunciou recentemente uma modificação da atual doutrina nuclear depois que o Ocidente atualmente permite que a Ucrânia use armamento de longo alcance contra alvos no território russo.
Uma nova doutrina prevê o uso de armas nucleares no caso de um ataque convencional que “ameace a soberania da Rússia e da Bielorrússia.
As negociações entre Rússia e EUA sobre um novo START, que expira em 2026 e é o último tratado de desarmamento estratégico entre as duas superpotências, estão atualmente paralisadas.
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