Promotores de Nova York pediram ao juiz Juan Merchan, que presidiu o processo criminal contra o ex-presidente americano e candidato à presidência Donald Trump (2017-2021) no caso do pagamento a uma atriz pornô, que manteve o veredito de derrota contra o republicano .
Segundo informações da agência Reuters, numa manifestação datada de quarta-feira (24) e que foi tornada pública nesta quinta (25), o Ministério Público alegou que uma recente decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que concedeu imunidade parcial a presidentes e ex- presidentes não se aplicam neste caso.
No início de julho, a Suprema Corte reivindicou que ocupantes ou ex-ocupantes do cargo mais importante do Executivo americano possam obter imunidade por “atos oficiais” praticados durante seus mandatos.
“As acusações neste caso de envolvimento puramente pessoal, em vez de atos presidenciais”, alegaram os promotores novos-iorquinos.
Na semana retrasada, a defesa de Trump havia pedido a anulação do veredito porque o Ministério Público utilizou atos oficiais do ex-presidente como provas durante o julgamento, o que foi vetado pela Suprema Corte mesmo em processos por questões privadas.
Os promotores alegaram que o veredito deveria ser suspenso porque havia outras evidências da culpa de Trump. “Um erro inofensivo não pode ser uma base para anular um veredito”, alegou o MP.
Merchan informou que até 6 de setembro dará uma resposta sobre os argumentos da defesa. Caso o veredito seja cancelado, a sentença será anunciada em 18 de setembro.
No final de maio, Trump foi considerado acusado por um júri em Nova York em 34 acusações de que teria fraudado registros de suas empresas para ocultar um pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels, para que ela não fosse revelada antes da eleição de 2016 um relacionamento que ambos tiveram dez anos antes. O republicano nega o caso.
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