Michael Smith, de 52 anos, é acusado de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Segundo acusação, ele teria criado centenas de milhares de músicas e arrecadado US$ 10 milhões com esquema fraudulento. Spotify apresentou falha nesta terça-feira (16) Christian Hartmann/Reuters O produtor musical Michael Smith, de 52 anos, foi preso nesta quarta-feira (4) após ser acusado de criar um esquema fraudulento que enganou as plataformas de streaming com a criação de centenas de milhares de músicas geradas por inteligência artificial. Segundo a revista Variety, Smith criou centenas de contas robôs em plataformas de streaming de música, como Spotify, Amazon Music e Apple Music. O produtor publicou essas contas para tocar automaticamente as músicas criadas por IA e colocadas na plataforma, gerando mais de 660 mil execuções diárias. De acordo com a acusação, Smith teria faturado US$ 10 milhões com o esquema fraudulento. A acusação afirma que Smith deu início ao esquema com músicas produzidas por ele mesmo. Mas como as plataformas puderam detectar as faixas que somavam um milhão de execuções, ele começou a gerar o máximo de músicas possíveis por inteligência artificial. Assim, o produtor contornou o sistema de detecção de fraude das plataformas. Além disso, ele teria comprado uma grande quantidade de endereços de e-mail para criar contas de fãs falsas, e usado um serviço de VPN para disfarçar que o controle de todas essas contas estava sendo feito a partir de sua casa. Michael Smith é acusado de fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e conspiração para cometer fraude eletrônica. O produtor negou as acusações quando foi confrontado, em 2023, pela Mechanical Licensing Collective, empresa que fornece as licenças para reprodução e distribuição de obras musicais para os serviços de streaming. Segundo o MCL, ele não poderia gerar tantas músicas tão rapidamente se não fosse com o uso de inteligência artificial. Em um comunicado, a empresa ainda afirma que o caso “dá luz ao sério problema da fraude de streaming para a indústria musical”. Leia também: Sucesso fake: músicos fraudaram números de streaming usando robôs e 'jabá 2.0' 'Fazenda de likes' na China tinha mais de 10 mil celulares fraudando popularidade na web
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