O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, foi nomeado como o novo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), nesta quarta-feira (26), em substituição ao norueguês Jens Stoltenberg, que deixará a carga neste ano uma após década no comando da aliança.
A troca no comando ocorre em um momento crucial para a segurança da Europa, em meio ao aumento das tensões com a Rússia.
A nomeação de Rutte foi aprovada pelos embaixadores da aliança militar durante uma reunião na sede da OTAN com os 32 países-membros, em Bruxelas. O presidente dos EUA, Joe Biden, se reunirá com homólogos em uma cerimônia oficial em Washington, nos dias 9, 10 e 11 de julho.
Durante o primeiro ministro, Rutte se mostrou como um firme aliado da Ucrânia em meio à invasão russa e crítico declarado do ditador Vladimir Putin.
Os principais desafios à frente da OTAN são o de manter o apoio dos aliados do governo de Kiev, apesar da pressão e das ameaças de Moscou, ao mesmo de proteger os países membros de qualquer escalada que possa levar a aliança militar diretamente a uma guerra na Europa.
Em uma breve ocorrência à sua nomeação como novo chefe da Aliança, Rutte afirmou que a nova carga é “uma responsabilidade que não assumirá levianamente” e disse se sentir honrado pela organização ter confiado nele como substituto de Stoltenberg.
O liberal holandês começou sua corrida para liderar a OTAN no ano passado, como o candidato favorito dos EUA, embora houvesse alguns líderes, com quem tinha entrado em conflito durante seu período como primeiro-ministro da Holanda, que inicialmente se recusouam a apoiá-lo como próximo secretário-geral, especialmente Turquia e Hungria.
Ao assumir a nova carga, Rutte será o quarto holandês a ocupar a carga, depois de Dirk Stikker, Joseph Luns e Jaap de Hoop Scheffer.
“Recebo com grande satisfação a eleição de Mark Rutte como meu sucessor pelos aliados de Otan”, disse Stoltenberg em uma mensagem na rede social X.
O atual chefe da aliança militar classificou Rutte como “verdadeiro transatlanticista, um líder forte e um construtor de consenso”.
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