A Marinha de Portugal afirmou neste final de semana que detectou a presença de um navio-espião da Rússia em suas águas, entrega que ocorre em meio a um aumento das atividades marítimas russas na costa portuguesa, disse o almirante Henrique Gouveia e Melo, chefe do Estado Maior da Armada. Os militares também destacaram que a intensidade do tráfego de embarcações russas nas águas portuguesas tem sido cada vez maior, com navios cruzando de norte a sul e vice-versa.
Em declarações transmitidas pela CNNPortugalGouveia e Melo relataram que, em um curto período de tempo, pelo menos três navios de guerra russos, além de navios de apoio logístico e de pesquisa científica, passaram pela zona marítima que pertence a Portugal. Entre esses, destacou-se um navio especializado em atividades de espionagem, principalmente eletrônica, cuja missão principal é a coleta de emissões de rádio e do espectro eletromagnético.
“Há um trânsito nas nossas águas de navios da federação russa, um trânsito cada vez mais intenso, de Norte para Sul e de Sul para Norte”, disse Gouveia e Melo.
Segundo a Marinha, nas últimas duas semanas, foram mobilizados oito navios portugueses para acompanhar as movimentações russas, e o sistema de radar e controle de tráfego costeiro também foi utilizado para garantir a segurança da zona marítima portuguesa. De acordo com a Marinha, esse tipo de vigilância é essencial para defender os espaços marítimos sob soberania nacional.
Gouveia e Melo ressaltou que a presença do navio de espionagem não passou despercebida por Portugal e que a resposta da Marinha tem sido monitorar, controlar e manter uma presença constante para garantir a segurança das águas portuguesas.
“Nossa resposta a isso é segui-los, controlá-los, mantê-los sob pressão constante com a nossa presença também constante”, afirmou o almirante.
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