O governo do Peru reuniu nesta terça-feira (30) o líder opositor Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela nas eleições do último domingo (30), declarou o ministro das Relações Exteriores peruano, Javier González-Olaechea.
“Essa posição é compartilhada por vários países, governos e organizações internacionais”, disse o ministro ao canal estatal TV Peru.
Quando questionado sobre como eles deliberam o atual ditador Nicolás Maduro, proclamado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral venezuelano (CNE), González-Olaechea afirmou que, “com base na fraude realizada” nas eleições de domingo, o Peru o considera “uma pessoa que deseja se perpetuar no poder por meio de uma ditadura”.
O chanceler peruano explicou que “enviou uma comunicação ao telefone” da líder opositora María Corina Machado, expressando solidariedade a ela e a González.
A CNE anunciou que Maduro ganhou o pleito com cerca de 704 mil votos de vantagem sobre Urrutia, candidato da principal coalizão opositora, quando ainda faltavam ser totalizados 20% das atas eleitorais, o que significa 2.394.268 votos, cujo destino é desconhecido e que poderia mudar os resultados finais.
O principal opositor da coalizão, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), alegou que González ganhou a presidência por uma ampla margem e criou uma página na internet que divulgou 73% dos resultados das urnas para fortalecer a afirmação.