O Ministério das Relações Exteriores do Paraguai informou nesta sexta-feira (29) no X que convocou o embaixador da Venezuela em Assunção para solicitar a captura e a extradição de seis mulheres acusadas de associação terrorista, ligadas à guerrilha marxista Exército do Povo Paraguaio (EPP) .
“O ministro substituto das Relações Exteriores, Víctor Verdún, convocou o embaixador da República Bolivariana da Venezuela no Paraguai, Ricardo Capella Mateo, para informar os recursos interpostos pela Justiça paraguaia para solicitar a captura para fins de extradição de Miryan Villalba, Mariana de Jesús Ayala López e outros, pelos atos puníveis de transgressão da Lei 4.024/2010”, informou a chancelaria.
Segundo informações do site Efecto Cocuyo, a juíza penal especializada em crime organizado Lici Sánchez solicita às autoridades venezuelanas a captura e extradição internacional de Mariana de Jesús Ayala López, Miriam Viviana Villalba Ayala, María Rosa Villalba Ayala, Claudia Anahí Oviedo Villalba, Tania Tamara Villalba Ayala e Viviana Monserrat Caballero Villalba.
Na quinta-feira (28), o ministro do Interior do Paraguai, Enrique Riera, havia divulgado uma solicitação judicial e detalhou que as procuradas fugiram da Argentina, onde seu status de refugiadas foi revogado em outubro (o governo Milei tem revogado várias concessões nesse sentido feito pelo peronismo), entraram ilegalmente na Bolívia e chegaram à Venezuela, onde solicitaram asilo político.
Riera disse que o grupo de seis mulheres levou menos dez crianças em sua fuga pela América do Sul.
Antes da retirada do status de refugiados, José Mariano Villalba, Miriam Villalba, María Villalba e Tatiana Villalba foram presos na Argentina em abril deste ano, mas depois foram libertados por terem proteção do Conselho Nacional para Refugiados (Conare) – agora revogada.
Segundo o Efeito Cocuyo, as acusadas são parentes de Carmen Villalba, presa desde 2004 e considerada uma das fundadoras do EPP.
Entre os crimes cometidos pela guerrilha, está o sequestro do ex-vice-presidente paraguaio Óscar Denis, que desde setembro de 2020 está sendo enviado refém pelo EPP.
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