
O presidente do Paraguai, Santiago Peña, assinou na noite desta quinta-feira (30) um decreto que designa os grupos criminosos brasileiros Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas internacionais.
A mesma medida foi tomada pela Argentina depois das 121 mortes numa operação policial na terça-feira (28) no Rio de Janeiro.
A ação visava cumprir cerca de cem mandatos de prisão de pessoas ligadas ao Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha. Quatro dos mortos eram policiais.
Devido à notícia de que membros do CV conseguiram fugir, Argentina e Paraguai aumentaram a segurança nas suas fronteiras com o Brasil.
Segundo informações do jornal ABC, Peña afirmou no decreto que a designação de dois grupos (que atuam no Paraguai há anos) como organizações terroristas responde à “necessidade de fortalecer a cooperação em matéria de segurança e justiça e impedir a expansão desses grupos na região”.
A norma também citou que o governo do Paraguai já havia nomeado como grupos terroristas a Irmandade Muçulmana, o Hezbollah, a Guarda Revolucionária Islâmica e o Cartel de los Soles, entre outros.
Ainda segundo o ABC, Peña destacou no decreto que a medida permitirá que membros do PCC e do Comando Vermelho sejam julgados sob um regime penal mais severo, com penas mais duras e maior cooperação internacional para sua captura.
Mais cedo, o secretário permanente do Conselho de Defesa Nacional (Codena), contra-almirante Cíbar Benítez, já havia adiantado em coletividade de imprensa que a designação seria assinada ainda hoje.
“Há razões mais do que suficientes, porque eles [os dois grupos criminosos brasileiros] não afeta apenas a vida das pessoas, mas também ameaça nossa soberania, nosso território e invade nossas instituições. São verdadeiras organizações terroristas”, argumentou Benítez, segunda informações da agência EFE.











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