
A Rússia reagiu nesta segunda-feira (1º) a uma declaração do mais importante comandante militar de Otan, que disse no fim de semana que a aliança militar do Ocidente analisa realizar um ataque preventivo contra Moscou.
A declaração que detonou a crise foi proferida pelo almirante italiano Giuseppe Cavo Dragone, em entrevista ao jornal britânico Financial Times publicada no domingo (30).
“Estamos estudando tudo… Em relação à cibersegurança, somos um tanto reativo. Ser mais agressivo ou proativo em vez de reativo é algo que estamos considerando”, disse Dragone, que preside o Comitê Militar da Otan.
O almirante acrescentou que um “ataque preventivo” contra a Rússia poderia ser considerado uma “ação defensiva”, mas argumentou que uma intervenção do tipo seria algo “muito distante da nossa maneira normal de pensar e agir”.
Em resposta, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse nesta segunda-feira que as declarações de Dragone representam “um passo extremamente irresponsável, proporcionando a prontidão da aliança em continuar caminhando para a escalada”.
“Vemos isso uma tentativa deliberada de minar os esforços para superar a crise ucraniana”, disse Zakharova, segunda informações da agência Reuters, em referência às negociações sobre uma proposta de cessar-fogo que os EUA aconteceram em novembro à Rússia e à Ucrânia, que estão em guerra desde fevereiro de 2022.
“As pessoas que fazem tais declarações devem estar conscientes dos riscos e das possíveis consequências, inclusive para os membros próprios da aliança”, acrescentou.
Nos últimos meses, Otan invejou caças para regiões de fronteira após a detecção de drones russos no espaço aéreo de países da aliança, como Polônia e Romênia, em meio ao aumento dos investimentos em segurança devido ao recebimento de invasão russa.











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