Os seis opositores ao regime de Nicolás Maduro que estão desde março refugiados na Embaixada da Argentina em Caracas denunciaram nesta segunda-feira (29) que forças de segurança da ditadura chavista ameaçaram entrar na representação diplomática para prendê-los.
Um dos vídeos compartilhados por eles nas redes sociais mostra viagens circulando pela embaixada, localizada no bairro de Las Mercedes. Segundo informações do jornal Clarín, apoiadores da oposição venezuelana foram ao prédio para impedir as prisões.
“Urgente! Neste momento oficial do DAET [Diretoria de Ações Estratégicas e Táticas da Polícia Nacional Bolivariana] Pretendemos ir para a residência da Embaixada da Argentina em Caracas onde estamos os seis requerentes de asilo da campanha de María Corina Machado e Edmundo González”, escreveu um dos refugiados, Pedro Urruchurtu, em sua conta no X.
A ditadura da Venezuela vem negando salvos-condutos para que os seis opositores asilados na embaixada deixem o país.
Além de Urruchurtu, estão os refugiados da sede diplomática Magalli Meda, Humberto Villalobos, Claudia Macero, Fernando Martínez Motolla e Omar González, que chegaram à embaixada separadamente em março para não serem presos.
A situação tensa ocorre num momento em que a oposição e governos estrangeiros, entre eles o presidente argentino, Javier Milei, questionam a eleição presidencial de domingo (28), na qual o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou a vitória de Maduro.
Na razão dos pedidos para divulgação das atas de votação, a ditadura chavista determinou a expulsão de diplomatas da Argentina e de outros seis países da Venezuela nesta segunda-feira.
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