Edmundo González Urrutia, candidato presidencial da Plataforma Unitária Democrática (PUD), que reúne os principais partidos de oposição ao chavismo, rejeitou nesta terça-feira (11) a proposta do ditador Nicolás Maduro para revisar um documento onde ambos concordariam em reconhecer os resultados da eleição presidencial da Venezuela, que está marcada para ocorrer no dia 28 de julho.
Segundo informações do site Efeito CocuyoGonzález Urrutia afirmou que “não há razão” para firmar tal acordo, uma vez que “o primeiro que viola os acordos que se firmam é o governo”.
A declaração do opositor, feita durante um encontro com mulheres numa paróquia de Caracas, foi uma resposta à sugestão feita por Maduro no seu programa semanal “Con Maduro+”, onde o ditador chavista expressou a sua “disposição” para aprovar um acordo de reconhecimento dos resultados eleitorais parlamentares o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, controlado pelo chavismo.
“Estou pronto para assinar um acordo perante o Poder Eleitoral para que todos os candidatos reconheçamos o boletim que será lido pela CNE no dia das eleições. Estou pronto porque acredito no sistema eleitoral, na democracia venezuelana e no povo”, disse Maduro em seu programa transmitido pela tevê estatal venezuelana.
Maduro, que quer manter-se no poder por meio desta disputa eleitoral, também prometeu em seu programa trabalhar por um “grande diálogo nacional” após as eleições.
O regime venezuelano não cumpriu os acordos eleitorais que assinaram recentemente, pelo menos não em sua integridade. O Acordo de Barbados foi um deles, já que neste documento o regime chavista é oferecido em garantir eleições com a presença de observadores internacionais, incluindo observadores da União Europeia (UE), no entanto, o regime impediu por meio da CNE que o bloco europeu enviasse sua equipe.
Além disso, a oposição também afirma que o mesmo acordo retirava a inabilitação política de sua principal representante e vencedora das primárias, María Corina Machado, que, ao contrário disso, teve seu impedimento ratificado pela Suprema Corte venezuelana, também controlada pelo chavismo.
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