Os opositores venezuelanos começaram a se reunir nesta quinta-feira (9) em diversas cidades do mundo, incluindo a capital do próprio país – Caracas – após o chamado da líder opositora Maria Corina Machado contra o regime do ditador Nicolás Maduro, que tomará posse para mais um mandato fraudulento na Venezuela nesta sexta-feira (10).
“É hoje! Você é o protagonista! Que nada lhe tire o direito de exigir liberdade e respeito ao seu voto. Nós vencemos juntos, todos nós, vamos cobrar. O mundo está conosco”, afirmou Machado em uma mensagem divulgada nas redes sociais, na qual incentiva os venezuelanos a participarem das manifestações na véspera da data marcada para a posse presidencial.
Sob o lema “Glória, bravo povo” – um trecho do hino venezuelano – bolsas de venezuelanos conseguiram se reunir em lugares simbólicos em várias cidades do mundo para expressar seu apoio ao líder da oposição, que reivindica a vitória nas eleições de julho, Edmundo González Urrutia. Imagens das manifestações em países como Austrália, Malásia, Japão, Bélgica e Holanda foram compartilhadas nas redes sociais.
Nas próximas horas, coleções de manifestações são esperadas em outras capitais do mundo.
De acordo com a organização Ganó Venezuela, os protestos estão programados em cinco continentes, e os participantes são incentivados a exibir a bandeira do seu país e usar amarelo, azul ou vermelho, segundo a proposta de Machado.
A maior multidão é esperada em Caracas. A líder opositora Maria Corina Machado confirmou que sairá da clandestinidade e participará dessa manifestação para reivindicar a vitória de González Urrutia nas eleições presidenciais.
O candidato que disputou o pleito com Maduro tem viajado nos últimos dias por alguns países da região antes de retornar à Venezuela, de onde saiu em setembro para pedir asilo na Espanha após ser perseguido pelo regime chavista.
González Urrutia será a figura mais proeminente na manifestação programada para ocorrer na República Dominicana, o último país que ele visitou em sua viagem para reunir apoio internacional.
Outras das maiores manifestações ocorrerão em Madri, com a presença de representantes atuais e históricos da direita espanhola, incluindo os ex-presidentes conservadores José María Aznar e Mariano Rajoy, o líder opositor Alberto Núñez Feijóo e o líder de direita nacionalista Santiago Abascal.
Também estão programadas manifestações nas principais capitais e cidades europeias, como Paris, Londres e Berlim, e nas Américas, como Buenos Aires, Washington, Nova Iorque, Bogotá e Cidade do México.
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