A Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira (11) duas novas resoluções envolvendo o conflito em curso no Oriente Médio. A primeira resolução, com 158 votos a favor e nove contra, solicita um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. A segunda, aprovou com 159 votos detalhados e nove contrários, renova o mandato da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) em Gaza e outros territórios palestinos.
Segundo informações, as propostas contaram com o apoio de mais de 50 países copatrocinadores e passaram com a necessidade de maioria de dois terços. Argentina, Uruguai, Paraguai, Hungria e República Tcheca votaram contra o cessar-fogo, acompanhando Israel e os Estados Unidos.
Entre os que votam contra, predomina a visão de que um cessar-fogo imediato beneficiaria diretamente o grupo terrorista Hamas, que neste momento está enfraquecido e sendo combatido pelas forças de Israel. Tanto os Estados Unidos quanto a Argentina estão posicionados firmemente contra ações que possam fortalecer a organização terrorista palestina, responsabilizando-a por ataques contra civis e pela perpetuação do conflito em curso.
As resoluções aprovadas pela Assembleia-Geral da ONU não são vinculativas. Isso significa que elas não têm força legal para obrigar os Estados membros a cumprir o que foi feito.
Para os críticos das resoluções, como o embaixador israelense na ONU, Danny Danon, eles carecem de coerência.
“Essas duas resoluções não têm lógica alguma e desafiam qualquer conceito de moralidade. A UNRWA não é um ator neutro, mas uma entidade onde o Hamas se infiltra. É um segredo aberto”, afirmou Danon durante o debate.
A UNRWA é alvo frequente de acusações por parte de Israel, administra escolas, clínicas e programas de assistência para refugiados palestinos. O governo israelense afirma que a agência abrigou terroristas do Hamas, inclusive aqueles que participaram do massacre de outubro de 2023.
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