A Rússia manifestou profunda preocupação com o possível envio de mísseis Tomahawk pelos Estados Unidos à Ucrânia. Segundo o regime russo, uma guerra ocorreu de forma dramática, com subidas de todos os lados.
“O tema dos Tomahawks é de extrema preocupação”, afirmou ao porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à emissora estatal russa, em entrevista ao jornalista Pavel Zarubin, divulgado neste domingo. “Estamos, de fato, em um momento muito dramático, com crescendo de todos os lados.”
Também neste domingo, após embarcar para Israel, de onde acompanhará a liberação dos reféns mantidos pelo Hamas em Gaza, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que poderá enviar os mísseis à Ucrânia caso a Rússia não resolva a guerra em breve.
“Eu poderia dizer: ‘Vejam, se esta guerra não for resolvida, vou enviar Tomahawks para eles’”, disse Trump a repórteres a bordo do avião presidencial Air Force One. “O Tomahawk é uma arma incrível, uma arma muito avançada. E, honestamente, a Rússia não precisa disso.”
Misseis Tomahawk podem chegar a Moscou
O alcance dos mísseis Tomahawk é de cerca de 2,5 mil quilômetros, o que permitiria à Ucrânia realizar ataques de longo alcance em território russo, incluindo a capital, Moscou. Segundo o Serviço de Pesquisa do Congresso dos EUA, algumas versões antigas desses mísseis podem carregar ogivas nucleares.
Na entrevista deste domingo, o porta-voz do Kremlin afirmou que, caso mísseis Tomahawk fossem lançados contra a Rússia, Moscou teria de considerar que algumas versões podem carregar ogivas nucleares.
“Imagine: um míssil de longo alcance é lançado e sabemos que ele pode ser nuclear. O que a Federação Russa deve pensar? Como deve reagir? Especialistas militares no exterior deveriam entender isso”, disse Peskov.
Putin disse que envio de Tomahawk para Kiev pode encerrar relações com os EUA
No dia 5 de outubro, o alerta russo Vladimir Putin já havia informado os Estados Unidos de que o fornecimento de mísseis Tomahawk à Ucrânia destruiria as relações entre o Kremlin e a Casa Branca.
Ainda neste domingo (12), o jornal Tempos Financeiros Informaram que a Ucrânia conta, há meses, com o apoio dos Estados Unidos para realizar ataques de longo alcance contra instalações energéticas russas.
De acordo com o jornal, a ajuda da inteligência americana a Kiev envolve o planejamento de rotas, altitude, cronograma e definição das missões — o que permite que os drones ucranianos driblem as defesas aéreas russas.
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