A líder opositora venezuelana María Corina Machado afirmou nesta segunda-feira (13) que só poderá viajar para Oslo, capital da Noruega, para receber o Prêmio Nobel da Paz que ganhou, quando o ditador Nicolás Maduro deixou o poder na Venezuela.
María Corina, que está escondida na Venezuela devido a ameaças contra sua vida, explicou que não pode sair do país enquanto o regime chavista continuar no comando.
“Enquanto Maduro estiver no poder, não posso deixar o lugar onde me escondo porque há ameaças diretas contra minha vida”, disse em entrevista ao jornal norueguês Dagens Naeringslivrepercussão pela agência NTB. “A Venezuela deve ser livre”, declarou um líder opositor.
María Corina destacou que vive atualmente sob constante vigilância e busca de forças no apoio popular.
“Aprendi a viver o dia a dia, e o povo venezuelano está fazendo tudo o que está em suas mãos pelo seu futuro”, afirmou.
Na última sexta-feira (10), o Comitê Nobel Norueguês anunciou o prêmio ao líder opositor “por sua luta incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua batalha para alcançar uma transição justa e consolidação da ditadura para uma democracia”.
Na nova declaração neste domingo (12), María Corina ressaltou que o reconhecimento internacional representa um golpe simbólico ao regime chavista.
“Tem um impacto muito importante tanto nos venezuelanos como no próprio regime”, afirmou, acrescentando que o governo de Maduro “está absolutamente isolado e tem os dias contados”.
Desde o ano passado a opositora vem denunciando a fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho, quando o líder da Plataforma Unitária Democrática, Edmundo González Urrutia – hoje exilado na Espanha – venceu o pleito, segundo a oposição. O Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelos aliados de Maduro, declarou o chavista reeleito, gerando protestos e denúncias internacionais.
Machado é considerado a principal voz da oposição democrática na Venezuela e, agora, a primeira venezuelana a receber o Prêmio Nobel da Paz.
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