
Desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu que poderia realizar ataques dentro da Venezuela, o regime de Nicolás Maduro tem recorrido a ações extremas, incluindo a mobilização de civis para enfrentar forças militares estrangeiras.
Uma investigação da agência Reutersdivulgado nesta terça-feira (11), revela que a ditadura chavista está mobilizando as Forças Armadas do país e planeja montar uma espécie de guerrilha para responder a um eventual ataque armado no território.
Maduro busca assim mostrar algum nível de força da Venezuela, apesar da realidade militar do país ser bem inferior à dos EUA. Seis fontes anônimas consultadas pelo reportagem afirmaram que Caracas está debilitada por falta de treinamento, baixas atualizações e equipamentos deteriorados. Com isso, a formação de uma resistência voluntária visa reduzir as demandas logísticas e financeiras do regime, já afundado em uma grave crise.
De acordo com a Reutersalguns comandantes de unidades militares chegaram a ser obrigados a negociar com produtores locais para conseguir alimentos para as tropas devido à falta de recursos da ditadura de Maduro.
Essa guerrilha, que o regime vem chamar publicamente de “resistência prolongada”, estaria envolvida em ações de sabotagem e outras táticas próprias pelo país, em caso de guerra com os EUA.
Uma das fontes familiarizadas com o assunto disse que nossa estratégia desenvolvida pelo regime chavista é a “anarquização”, um cenário de desordem social que deixaria as forças estrangeiras desorientadas.
O regime da Venezuela anunciou nesta terça-feira uma nova mobilização militar para enfrentar o que considera “ameaças imperiais” contra o país – inicialmente, os EUA mantêm suas operações militares apenas no mar do Caribe, sob o argumento de combater o narcotráfico.
Um comunicado assinado por um membro do alto escalonamento chavista, o ministro da Defesa Vladimir Padrino López, diz que a mobilização inclui “meios terrestres, aéreos, navais, fluviais e de mísseis”, bem como sistemas de armas, unidades militares, a Milícia Bolivariana, órgãos de segurança cidadã e comandos para a defesa integral. Equipamentos militares russos com décadas de fabricação integram o arsenal venezuelano.
Caracas foi acusada dos EUA de provocar uma “mudança de regime” e impor uma autoridade “fantoche” com a pressão militar americana para “apoderar-se” de recursos naturais venezuelanos, principalmente o petróleo.










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