
O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, pediu ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) para retirar a nacionalidade do opositor Leopoldo López pelo que se qualificou como “grotesco, criminoso” e aliado da “invasão militar” à Venezuela, segundo informou neste sábado (25) a vice-presidente executiva, Delcy Rodríguez.
De acordo com um comunicado compartilhado no Telegram por Rodríguez, o ditador venezuelano apresentou o recurso na sexta-feira ao TSJ para “retirar a nacionalidade” de López, a quem acusa também de uma suposta “promoção permanente do bloqueio econômico” e de conclamar o “assassinato em massa de venezuelanos, em cumplicidade com governos e inimigos estrangeiros”.
A também ministra de Hidrocarbonetos assinou que a chancelaria e o Serviço de Identificação, Migração e Estrangeiros (Saime) “procederão de imediato, conforme os procedimentos pertinentes, à anulação do passaporte” do opositor, exilado na Espanha.
“O Estado venezuelano conta com os recursos suficientes para garantir a integridade territorial e a soberania da república frente aos poderes estrangeiros e a quem se presta a minar a independência nacional”, acrescentou.
Rodríguez alegou que a solicitação foi feita com base no artigo 130 da Constituição nacional, o qual assinala que os venezuelanos “têm o dever de honrar e defender a pátria, seus símbolos e valores culturais; resguardar e proteger a soberania, a nacionalidade, a integridade territorial, a autodeterminação e os interesses da nação”.
O vice-presidente também cita a ‘Lei Orgânica Libertador Simón Bolívar’, aprovada em novembro do ano passado, que estabelece castigos como penas de prisão, multas ou inabilitações políticas às pessoas que promovem ou estão implicadas, de qualquer maneira, em avaliação estrangeira.
A Constituição também estabelece, em seu artigo 35, que os venezuelanos “por nascimento não poderão ser privados ou privados de sua nacionalidade” e que esta “só poderá ser revogada mediante sentença judicial, de acordo com a lei”.
A solicitação foi feita depois que López disse que a negociação já não serve para conseguir uma mudança política em seu país e que vê a fórmula na “pressão” dos Estados Unidos, que mantém um destaque militar no mar do Caribe perto das águas venezuelanas, ou que Caracas denuncia como uma “ameaça” para propiciar uma “mudança de regime”.
López afirmou que inclusive apoia um ataque americano em solo venezuelano que acabou com o ditador Maduro.
Em entrevista à Agência EFE em Madri, o opositor respaldou a mobilização naval dos EUA e garantiu que, a seu ver, se deveria “avançar os objetivos dentro do território nacional”.
Estas declarações foram posteriormente rechaçadas pelas principais autoridades das Forças Armadas Venezuelanas











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