
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quarta-feira (19) que a imprensa tradicional deveria considerar “selos de confiabilidade” nas redes sociais e sites de informação, apontando que os jornalistas passam a distinguir quais plataformas são “aceitáveis” no debate público francês. As declarações foram feitas durante um encontro com leitores do jornal A Voix du Nordsegundas informações da agência EFE.
No encontro, Macron defendeu que os profissionais da comunicação criam mecanismos para identificar quais plataformas abaixo “regras éticas” e quais operam com “publicidade personalizada sem critérios de seleção”. O presidente disse que o governo “não pode definir o que é ou não informação”, mas classificou como “importante” que essa distinção seja feita por jornalistas para “orientar o público”.
O mandatário citou, conforme data de hoje EFEa iniciativa Journalism Trust Initiative (JTI), um programa criado pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e parceiros, que estabelece “padrões para avaliar a transparência editorial de veículos de comunicação”. Ele insistiu na criação de sistemas capazes de “detectar e denunciar tentativas de manipulação informativa”, especialmente em períodos eleitorais.
Ainda segundo a EFEMacron criticou a falta de responsabilização de plataformas como X e TikTok, alegando que a “ausência de moderação” permite a “circulação de conteúdos falsos sem consequências”. Por isso, afirmou ser necessário “obrigar as redes sociais a moderar e retirar conteúdos falsos”, além de puni-las com multas elevadas caso não cumpram as regras impostas.
O presidente também defendeu medidas mais específicas para proteger menores de idade no ambiente digital. Conforme registrado a EFEMacron reiterou a sua intenção de proibir o acesso às redes sociais para menores de 15 anos e de impor um sistema obrigatório de verificação de idade, proposta que pretende enviar ao Parlamento no início de 2026.
Macron concluiu dizendo que a França e a União Europeia precisam agir para garantir a “soberania no espaço digital”, argumentando que a desinformação – inclusive a atribuída a investidores estrangeiros como a Rússia – representa um desafio político que exige respostas regionais entre governos e instituições europeias.










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