A líder da direita nacionalista na França, Marine Le Pen, tradição do novo primeiro-ministro, François Bayrou, uma mudança de rumo político para evitar que sofra o mesmo destino de seu antecessor, o conservador Michel Barnier, depositado por um movimento de censura na semana passada.
“Qualquer política que consista apenas em prolongar o macronismo, rejeitado duas vezes nas urnas, só pode levar a um beco sem saída e ao fracasso”, disse Le Pen na rede social X.
Ao contrário do partido da esquerda radical A França Insubmissa (LFI), sua legenda sinalizou que não apresentará um movimento de censura logo de cara, mas pediu que Bayrou iniciasse as negociações sobre o orçamento da nação.
“Pedimos a ele que faça o que seu antecessor não quis fazer: ouvir a oposição a fim de construir um orçamento razoável e elaborado”, declarou Le Pen.
Se o governo de Barnier parecia totalmente dependente da direita nacionalista, uma vez que o bloco de esquerda o rejeitou de imediato, Bayrou parece gostar de uma certa indulgência de socialistas, comunistas e ecologistas.
Bayrou agora terá que nomear um Executivo e delinear suas principais linhas políticas, das quais dependerá de sua sobrevivência como chefe de governo.
Por sua vez, a porta-voz parlamentar da LFI, Mathilde Panot, anunciou que um movimento de censura seria apresentado nos próximos dias.
Já o líder ambientalista Marine Tondelier afirmou que está considerando apoiar o movimento, enquanto o comunista Fabien Roussel disse que não o fará desde o início, pois está esperando “conhecer os objetivos de Bayrou”.
Algo semelhante ao que disseram os líderes socialistas, que ainda não se pronunciaram após o anúncio da nomeação de Bayrou, assim como a direita conservadora.
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