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Lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, sequestro: relembre casos de influenciadores acusados de crimes

Lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, sequestro: relembre casos de influenciadores acusados de crimes

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Presa na manhã desta quarta-feira (4), Deolane Bezerra entra para a lista de criadores de conteúdo detidos ou que entraram na mira da justiça. Deolane Bezerra, Claudia Rodrigues, Camila Rodrigues e Renato Cariani estão na lista de influenciadores que já serviram na mira da justiça Reprodução/Instagram / Marcelo Brandt/g1 A empresária, advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa em uma operação da Polícia Civil de Pernambuco contra uma organização criminosa voltada para a prática de lavagem de dinheiro e jogos ilegais na manhã desta quarta-feira (4). O caso de Deolane é mais um na lista de influenciadores que entraram na mira da justiça. Relembre outros casos de influenciadores digitais acusados ​​de crimes: Irmã de Deolane Bezerra fala sobre a prisão da influenciadora na manhã desta quarta (4) Vitor Vieira Belarmin O influenciador Vitor Vieira Belarmino, que tem mais de 280 mil seguidores nas redes sociais, é suspeito de atropelar e matar um homem na Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O caso aconteceu em 13 de julho. De acordo com as investigações da Polícia Civil, ele dirigiu um BMW, carro de luxo que atingiu Fábio Toshiro Kikuta – a vítima tinha acabado de sair do hotel Cdesign após deixar as malas do próprio casamento. A polícia pediu a prisão de Vitor, que foi concedida pela Justiça, e ele foi considerado foragido. Vitor Belarmino em Búzios Reprodução O influenciador, que assina como Vitor Freestyle no Instagram, acumulou 280 mil seguidores e dizia ser “abençoado por Deus”. Com a repercussão do caso, o perfil do Instagram foi deletado. Na página, ele compartilhava com os seguidores fotos de viagens internacionais e imagens dos eventos que fazia jogando futebol freestyle, modalidade em que um jogador equilibra a bola em várias partes do corpo ou faz outras jogadas improvisadas. Claudia Rodrigues e Camila Rodrigues Influenciadoras Claudia Rodrigues (esquerda) e Camila Rodrigues (direita) estão entre suspeitas de sequestrar e torturar corretora de imóveis Reprodução/Redes sociais Claudia Rodrigues e Camila Rodrigues foram presas em maio. As influenciadoras digitais estavam entre as suspeitas de sequestrar e torturar uma corretora de imóveis na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em junho, a Justiça aceitou a denúncia contra eles e as influenciadas viraram rés do caso junto a outras seis pessoas. Claudia Rodrigues se descreve como “empresária do entretenimento”. A influenciadora tem mais de 105 mil seguidores no Instagram, onde posta registros de festas e viagens para fora do país. Dubai e Maldivas estão entre os destinos visitados por ela. A mulher também diz ser dona de seis bares na capital mineira. Em algumas postagens, dá dicas sobre empreendedorismo e gestão de negócios; entre outras, oferece sorteios de PIX. Camila Rodrigues acumula mais de 33 mil seguidores. Ela se define como “empresária especialista em realização de sonhos”. A influenciadora usa a internet para compartilhar viagens internacionais, eventos do setor imobiliário e momentos com a família. Algumas publicações também mostram roupas de grife e frases motivacionais. Victor Bonato O influenciador evangélico Victor de Paula Gonçalves, mais conhecido como Victor Bonato, ficou preso por quase 60 dias, acusado de crimes sexuais contra três mulheres, em Barueri, na Grande São Paulo. Ele saiu da prisão em novembro de 2023, após determinação da Justiça, que aceitou parte da denúncia para que o réu respondesse por crimes sexuais. Bonato é um dos fundadores do grupo evangélico Movimento Galpão, voltado para jovens ricos e de classe média alta da região de Alphaville, distrito de condomínios de alto padrão da cidade de Barueri. Victor de Paula Gonçalves, conhecido como Victor Bonato, fundador do grupo evangélico Galpão, de Alphaville, cidade de Barueri, na Grande SP Reprodução/Instagram Com mais de 128 mil seguidores no Instagram, ele se notabilizou pelas pregações religiosas online e pelos cultos do grupo transmitidas pelas redes sociais, sempre endereçadas aos jovens. Um dia antes de a prisão contra Bonato ser decretada, Bonato afirmou nas redes que estava arrependido por ter caído no que ele chama de “pecado da imoralidade e iniquidade”. Lidiane Morais Aos 20 anos, a influenciadora Lidiane Franco de Morais foi presa em abril pelo tráfico de drogas em Campestre (MG). Com quase 100 mil seguidores nas redes sociais, ela fez postagens mostrando seu estilo de vida e também falando sobre autocuidado. Segundo o advogado Weverton Ferreira, que defende um jovem, Lidiane é inocente, tendo em vista que os entorpecentes pertencem ao namorado, que mora na residência. Ainda segundo ele, o cliente dele não tinha ciência da existência desses entorpecentes no local. Influencer digital com quase 100 mil seguidores é presa com pinos de cocaína escondidos Isa Gomes Conhecida como Isa Gomes, Isabela Gomes Pereira foi condenada a 30 anos de prisão por encomendar um ataque que, nas palavras dela, deixa seu ex-namorado, Leandro Rezende Morais , em coma. Ele acabou morto. O crime ocorreu em 28 de junho de 2022, em Contagem, na Grande BH. De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi morta por asfixia, após ter a casa invadida por Henrique Francisco Ramos Flores, Sinval Júnio Alves Faria e Vitor Ferreira Gabriel. Isabela apresentou cosméticos nas redes sociais Redes Sociais / Reprodução A influenciada costumava mostrar cosméticos para venda e se apresentou como criadora de um procedimento estético para boca. Além de divulgar produtos, a blogueira também gostava de postar frases motivacionais para os seguidores. Durante o julgamento, ela negou ser responsável pelo assassinato de Leandro, mas confessou que prometeu R$ 5 mil aos suspeitos para que dessem um “susto” nele. Ela alegou que o ex-companheiro agrediu e extorquiu o relacionamento que teve. Samara Mapoua A influenciada digital Samara Mapoua, de 30 anos, foi presa duas vezes. A primeira em março, a segunda em 29 de abril. Ela respondeu por porta ilegal de arma de fogo. Em depoimento à polícia, Mapoua informou que “por ser influenciador com muitos seguidores e por temer a sua integridade física e sua vida, arrumou a referida arma para se defender”. A influenciada digital Samara Mapoua Reprodução A influenciada começou a postar vídeos em 2010 imitando a Dona Hermínia, do “Minha mãe é uma peça”, até meados de 2014. Em 2018, ela passou a usar Samara como personagem. No ano seguinte, ela ficou famosa a partir da publicação de vídeos engraçados em sua conta do Instagram. Na grande maioria dos vídeos, a interação foi influenciada pela mãe, Adriana Gomes. Nos diálogos da dupla, a mãe tenta convencer o filho de que ele não é uma mulher. Princesa do pó A influenciada Eduarda Marques, de 20 anos, presa em flagrante em 21 de fevereiro, por suspeita de tráfico de drogas, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Seis dias depois, ela foi solta após liminar expedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Eduarda Marques é conhecida pelos seguidores nas redes sociais como “princesa do pó”. No dia da prisão, a Polícia Civil encontrou, no apartamento dela, 13 pinos de cocaína e uma porção de maconha, além de R$ 340. Um adolescente de 16 anos também foi apreendido. Influenciadora digital foi presa em Rio Preto (SP) por tráfico de drogas Reprodução/Instagram A prisão ocorreu na quarta-feira (21) e a decisão do STJ foi emitida nesta terça-feira (27). Na liminar, o relator e ministro Rogério Schietti Cruz escreveu que Eduarda não foi investigada e foi presa ao acaso durante uma perseguição policial ao adolescente. O relator ainda determinou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. Segundo o advogado de defesa, Juan Siqueira, a prisão de Eduarda é contestável e, por isso, ele protocolou o pedido de habeas corpus. Agora, um jovem vai responder ao processo criminal em liberdade. Renato Cariani Réu por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro, Renato Cariani tem mais de 8 milhões de seguidores no Instagram, onde posta sobre o dia a dia e dá dicas sobre alimentação e atividade física. Mensagens da Polícia Federal trazem evidências da relação de Cariani com um esquema de desvio de produtos químicos para o tráfico de drogas. O celular é de uma funcionária e amiga dele, também investigada. Influenciador fitness Renato Cariani Reprodução/Instagram/@renato_carian O Fantástico mostrou essa operação, em dezembro do ano passado. Segundo a rejeição aceita pela Justiça, Renato Cariani e outras pessoas produziram, venderam e forneceram mais de 12 toneladas de produtos químicos destinados à preparação de drogas. Ao Fantástico, o advogado do influenciador apresentou à Justiça mais de 100 documentos que mostram que a empresa de Cariani pode ter ido vítima, mas não disse de quem. Disse ainda que Cariani nunca negou uma relação de amizade com Fábio, que os dois têm casas no mesmo condomínio e esposas bastante próximas. Renato Cariani comenta conclusão do inquérito da PF

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