No último episódio do Sábado à noite ao vivo Antes das eleições de 2024, a vice-presidente Kamala Harris fez uma entrevista surpresa ao lado de sua imitadora, a comediante Maya Rudolph. Ó SNLuma espécie de Total Zorra americano, é conhecido por suas políticas sátiras, muitas vezes externas contra os republicanos, e dessa vez usou o palco para promover um tom descontraído sobre a candidatura de Harris, arrancando risadas e críticas.
Humor e trocadilhos com Kamala Harris
Harris apareceu como uma “imagem no espelho” de Rudolph durante uma esquete que satirizava a política. Em uma fala humorística, o personagem de Rudolph desejou poder falar com “uma mulher negra e sul-asiática concorrendo à presidência, de preferência da área da Baía de São Francisco” – uma referência à própria Harris. A vice-presidente, ao se revelar à personagem, recebeu aplausos e respondeu: “Você e eu, irmã”.
A interação interação com uma série de trocadilhos e rimas com o nome “Kamala” – como “Kamala, take my palm-ala” e “end the drama-la”, além de “step mom-ala” e “pijama-las” . As duas ainda defenderam sua crença “na promessa da América”. Rudolph também brincou com o riso característico de Harris, levando o vice-presidente a perguntar: “Eu realmente rio assim?” – ao que Rudolph respondeu: “Um pouco”.
Piadas sobre Trump e referências à classe média
Além de Harris, o programa mirou em Donald Trump e Joe Biden. Em um dos momentos, o SNL ironizou um episódio recente em que Trump foi visto tentando abrir a porta de um caminhão de lixo, satirizando o momento e fazendo referência ao comentário de Biden que chamava os apoiadores de Trump de “lixo”. Harris, então, alfinetou Trump no esquete, afirmando que, ao contrário do oponente, ela “pode abrir portas”.
Outro ponto levantado pelo SNL foi a recente declaração de Harris sobre sua “família de classe média”, numa tentativa de se aproximar do eleitor comum. O programa sugeria que essa fala poderia soar artificial, considerando a longa trajetória política e a formação jurídica do vice-presidente, que é amplamente vista como parte da elite americana.
Críticas da campanha de Trump e viés da elite artística
A resposta da campanha de Trump foi rápida e contudente. Steven Cheung, porta-voz de Trump, declarou que Harris, “sem nada de substancial a oferta”, estava “vivendo uma fantasia distorcida ao lado de seus amigos elitistas” enquanto sua campanha “afunda na obscuridade”. Cheung completou dizendo que as políticas de Harris nos últimos anos trouxeram “miséria incalculável” para os americanos. “Ela corteja tudo, e o presidente Trump vai firmar”, afirmou Cheung.
A crítica não surpreende, especialmente ao se considerar que a elite cultural americana – incluindo atores, comediantes e personalidades da TV – apoia majoritariamente o Partido Democrata. O *Saturday Night Live*, que já comemorou publicamente a vitória de Joe Biden em 2020, frequentemente usa sua plataforma para alfinetar figuras republicanas.
Participação do senador Tim Kaine
Além de Harris, o episódio contou com a participação de Tim Kaine, senador democrata e ex-candidato a vice na chapa de Hillary Clinton em 2016. Kaine apareceu em um esquete em que um participante de jogo de perguntas e respostas não conseguia lembrar quem ele era, satirizando relativa sua obscuridade para o público em geral.
Embora o próprio Trump já tenha apresentado o SNL em 2015, antes de virar o vilão preferido dos artistas, o programa passou a adotar uma postura amplamente crítica aos republicanos nos últimos anos. A pergunta que fica é: essa estratégia econômica de Harris ajudará a conquistar vitórias indecisas ou apenas reafirmará o apoio entre quem já está decidido?
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