O governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Joe Biden, está avaliando a possibilidade de impor avaliações severas aos juízes do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) caso estes venham a validar a reeleição do ditador Nicolás Maduro, ocorrido em 28 de julho , em um processo eleitoral marcado por arbitrariedades e acusações de fraude.
De acordo com informações do portal argentino Infobaea Casa Branca, em articulação com o Departamento de Estado, a Secretaria do Tesouro e o Conselho de Segurança Nacional, está elaborando um pacote de medidas que pode incluir desde a abertura de processos por corrupção até o cancelamento de vistos para os funcionários judiciais que atuam sob ordens diretas de Maduro.
A informação cita também que tais avaliações devem ser direcionadas aos membros do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que, apesar da pressão internacional, já anunciaram a vitória de Maduro, mesmo sem apresentarem as atas eleitorais. A inclusão dos membros da CNE nessa lista dá pelo papel crucial que eles desempenharam na consumação do que vem sendo descrito como a maior fraude eleitoral da história da América Latina, noticiou o Infobae.
Entre os possíveis alvos das avaliações, destacam-se os nomes de Caryslia Rodríguez, presidente do TSJ, e dos magistrados Fanny Beatriz Márquez Cordero e Inocencio Antonio Figueroa Arizaleta, todos membros da Sala Eleitoral do TSJ. A oposição venezuelana acusa os juízes de não possuírem independência institucional e de serem aliados de Maduro. Caryslia Rodríguez inclusive já foi integrante do PSUV, o partido chavista, tendo concorrido a uma carga pública por ele.
Conforme informado o Infobae, os juízes estão se preparando para ratificar a vitória de Maduro em breve, ignorando as evidências de manipulação no processo eleitoral.
Além dos magistrados e dos membros da CNE, os EUA também devem punir os militares e agentes de segurança do regime venezuelano que estão envolvidos na repressão aos opositores. Segundo o portal argentino, as avaliações buscam enfraquecer a estrutura de apoio ao ditador Maduro, abrindo caminho para uma eventual transição democrática.
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