O magistrado Juan Merchan, responsável pelo julgamento de Donald Trump em Nova York, adiou o anúncio sobre a anulação ou continuidade da ação que condenou o presidente eleito dos EUA em 34 acusações de fraude contábil pelo pagamento do silêncio da atriz feminina Stormy Daniels, em maio deste ano.
A informação foi divulgada pelos advogados do republicano, segundo a agência Associated Press (AP). Merchan deveria informar nesta terça-feira (12) se isso será transferido à ação ou se será anular o feito após uma decisão favorável da Suprema Corte a Trump, em julho, que concedeu imunidade presidencial ao ex-mandatário.
De acordo com e-mails protocolados no tribunal, a defesa do presidente eleito solicitou o adiamento da decisão durante o final da semana, argumentando que há “fortes razões para a suspensão solicitada e, eventualmente, a exclusão do caso na Justiça”.
A equipe de Trump quer que o caso seja arquivado e a promoção entregue com o novo prazo para avaliar os próximos passos que devem ser tomados com o novo status de Trump como reeleito.
De acordo com a emissora NBCos promotores enviaram uma carta ao juiz Juan Merchan, afirmando que concordaram com o pedido dos advogados de Trump por um adiamento para considerar como proceder dado seu novo status de presidente eleito.
“Concordamos que essas situações são sem precedentes e que os argumentos levantados pelo advogado de defesa em correspondência ao povo na sexta-feira exigem cuidadosa para garantir que quaisquer etapas futuras neste processo equilibrem os interesses conflitantes de (1) um veredicto de culpa do júri após o julgamento que tem a presunção de regularidade e (2) o Gabinete do Presidente”, escreveu o promotor Matthew Colangelo.
A promotoria pediu uma semana de prazo para analisar a situação atual de Trump. “[…] solicita respeitosamente que o Tribunal adie os próximos dados programados para dar ao Povo tempo para avaliar esses desenvolvimentos recentes e definir 19 de novembro de 2024 como prazo para informar o Tribunal sobre a nossa visão das medidas avaliadas”, acrescentou o documento.
A sentença do ex-presidente foi agendada para dia 26 de novembro. Ainda não há novas informações se os dados também serão alterados.