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Jornal dos EUA repercute inconsistências do STF na prisão de Filipe Martins

Nesta terça-feira (18), o jornal norte-americano, Fio Diáriorepercutiu sobre as inconsistências do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da prisão do ex-assessor para Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro, Filipe Martins.

A prisão de Martins completou quatro meses no dia 8 de junho. O ex-assessor foi preso pela Polícia Federal no dia 8 de fevereiro por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

A ação investiga a suposta vinculação deles aos atos de 8 de janeiro de 2023 e uma possível tentativa de golpe de Estado.

O motivo que embasou a prisão foi o fato do nome de Martins constar na lista de passageiros que viajaram a bordo do avião presidencial com Bolsonaro dia 30 de dezembro de 2022 rumo a Orlando, nos Estados Unidos, sem registros formais de saída ou entrada no controle migratório do Brasil.

A defesa de Filipe já comprovou, por meio de confirmação de companhia aérea, que ele não passou com a comitiva de Bolsonaro para Orlando, mas ficou no Brasil e foi para Curitiba (PR), o que contrariaria a tese da Polícia Federal (PF) de que o ex-assessor havia planejado uma fuga.

Filipe foi preso no apartamento de sua noiva em Ponta Grossa (PR).

No relatório, a PF insiste na tese de fuga ao registrar como supostas evidências do fato de terem sido encontrados. Poucos pertencem ao apartamento e ao município paranaense está situado “a cerca de 461 milhas de distância da cidade de Dionísio Cerqueira, fronteira com a Argentina , e 551 quilômetros até a cidade de Guaíra, fronteira com o Paraguai”.

O governo americano já confirmou que a última entrada de Filipe Martins nos Estados Unidos ocorreu em setembro de 2022.

“A prisão prolongada ocorre no momento em que o STF enfrenta críticas generalizadas por extrapolar sua autoridade para punir opositores. Ele [Filipe Martins] ainda não foi julgado e segue preso sob o argumento de que há risco de fugir do país, apesar da correção. Seus advogados dizem que o governo o prende por motivos políticos”, disse o Daily Wire.

Uma hipótese levantada pelo entorno de Martins é que ele estaria sendo vítima de tortura psicológica: a Justiça o manteria preso em condições precárias com o objetivo de forçá-lo a uma delação.

“Martins foi uma potência popular no governo Bolsonaro devido à sua juventude, grande número de seguidores nas redes sociais e ideologia conservadora e pró-americana. Ele foi apelidado de 'Jared Kushner' do governo Bolsonaro enquanto ocupava sua carga diplomática, o que levou a hum encontro com o ex-presidente Donald Trump […] Martins também é investigado pelo STF por contribuir para um documento que questiona a eleição presidencial brasileira de 2022 que culminou com o retorno do socialista Luiz Inácio Lula da Silva ao poder após cumprir pena de prisão por corrupção”, diz o jornal em outro trecho da reportagem.

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