A esquerdista Jeannette Jara, candidata do presidente Gabriel Boric (que não pode tentar a reeleição porque a legislação local não permite mandatos presidenciais consecutivos), e o direitista José Antonio Kast foram os dois candidatos mais votados no primeiro turno da eleição presidencial do Chile, realizada neste domingo (16), e disputarão o segundo turno, marcado para 14 de dezembro.
Com 62,76% dos votos apurados, Jara tem 26,63% dos votos e Kast, 24,25%. O Serviço Eleitoral do Chile (Servel) já confirmou que os dois foram para o segundo turno.
O centro-direitista Franco Parisi aparece em terceiro lugar, com 19,05%, seguido pelo libertário Johannes Kaiser (13,94%) e pela direitista Evelyn Matthei (13,04%).
Os demais candidatos, Harold Mayne-Nicholls, Marco Enríquez-Ominami e Eduardo Artés, ficaram na casa do 1%.
Jara, de 51 anos, é filiado ao Partido Comunista do Chile, sigla que encabeça uma grande coalizão de esquerda na eleição deste ano.
A esquerdista foi ministra do Trabalho e da Previdência Social no governo Boric entre março de 2022 e abril de 2025 e subsecretária da Previdência Social no segundo governo da ex-presidente Michelle Bachelet entre 2016 e 2018. Leia o perfil completo de Jara feito pela Gazeta do Povo.
Já Kast, de 59 anos e que tenta pela terceira vez chegar ao Palácio de La Moneda, foi vereador no município de Buin e deputado nacional por quatro mandatos consecutivos (2002–2018). Amigo da família Bolsonaro, ele é filiado ao Partido Republicano, legenda que fundou em 2019. Leia o perfil do direitista produzido pela Gazeta do Povo.
As simulações de segundo turno feitas antes deste domingo com estes dois candidatos indicaram que Kast deve vencer em dezembro, em meio a uma campanha marcada pela preocupação dos chilenos com a crise de segurança.
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