O Exército de Israel confirmou a morte de mais um integrante de alto cargo do grupo xiita libanês Hezbollah em um ataque aéreo no sul do país fronteiriço, onde a escalada das tensões nas últimas semanas aumentou os temores de uma guerra aberta.
Os militares israelenses identificaram o terrorista como Muhamad Mustafa Ayub, descrito como um agente “essencial” no departamento de missões e foguetes da unidade Nasser.
“Sua eliminação faz parte das atividades do Exército e das forças de segurança israelenses para impedir a escalada militar e o armazenamento de armas do Hezbollah”, afirmaram as autoridades em comunicado.
Israel acusou Ayub, cuja morte foi confirmada pouco antes pelo Hezbollah – que os acordos simplesmente como um “combatente” – de promover “ataques terroristas contra civis e comunidades israelenses” do sul do Líbano.
Desde o início das hostilidades entre Israel e o grupo apoiado pelo Irã, no dia seguinte ao início da guerra na Faixa de Gaza, o Hezbollah lançou mais de cinco milhões de foguetes, mísseis antitanque e drones explosivos contra o território israelense.
Nesta manhã, Israel interceptou um drone que entrou em seu espaço aéreo perto da cidade do Acre, um importante centro populacional no norte, enquanto no domingo suas forças bombardearam quatro instalações militares do Hezbollah em Chaqra, Taybeh, Mehabib e Kfarkela.
Enviado dos EUA se reúne com Netanyahu para discutir tensão
Amos Hochstein, mediador da Casa Branca para o conflito entre Israel e o Líbano, se reuniu nesta segunda-feira (17) com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e com o presidente do país, Isaac Herzog, para discutir a escalada da tensão na fronteira norte e buscar formas de evitar uma guerra aberta com o grupo xiita.
O enviado discutiu com Herzog “a necessidade urgente de restaurar a segurança na fronteira norte e permitir que os residentes regressem às suas casas”, segundo um comunicado da presidência israelense.
O gabinete de Netanyahu, por sua vez, quase não ofereceu detalhes sobre a reunião, além de listar os participantes e divulgar fotos.
Hochstein também deverá reunir-se ainda hoje com o ex-ministro do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, e com o líder da oposição israelense, Yair Lapid.
A viagem do enviado americano ocorre no mesmo dia em que Netanyahu anunciou a dissolução do Gabinete de Guerra, mecanismo criado em 11 de outubro para tomar decisões sobre a operação militar na Faixa de Gaza, na sequência da renúncia de Gantz na semana passada.
As decisões sensíveis sobre a guerra serão tomadas a partir de agora em um fórum de consulta menor, sem a participação dos ministros da Defesa, Yoav Gallant; e de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer; o chefe do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, e o líder ortodoxo do partido Shas, Arieh Deri, do círculo de confiança de Netanyahu.
Enquanto isso, a tensão com o Hezbollah na fronteira norte se intensifica, aumentando o recebimento da eclosão de um conflito aberto no sul do Líbano. (Com Agência EFE)