Numa sessão emergencial solicitada por Israel, o governo israelense e o Irã trocaram ameaças no Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (2).
O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, havia pedido o encontro em Nova York após o ataque com mísseis iranianos ao seu país na terça (1º), uma resposta de Teerã à morte do líder do grupo terrorista Hezbollah, Hassan Nasrallah, e à incursão terrestre israelense no sul do Líbano.
Segundo informações da CNN e da agência Reuters, o embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani, disse que o ataque ocorreu porque Israel “só entende a linguagem da força”.
“Cada ato de contenção tomado pelo Irã apenas encorajou Israel a cometer crimes ainda maiores e mais atos de agressão. Consequentemente, a resposta do Irã foi necessária para restaurar o equilíbrio e a dissuasão”, alegou Iravani.
“O Irão está totalmente preparado para tomar mais medidas defensivas, se necessário, para proteger os seus interesses legítimos e defender a sua integridade territorial e soberania contra quaisquer atos de agressão militar e o uso ilegal da força”, acrescentou.
Danon, que na véspera havia alertado que a resposta israelense será “dolorosa”, afirmou que “Israel vai se defender”.
“Nós agiremos. E deixe-me garantir a vocês, as consequências que o Irã enfrentará por suas ações serão muito maiores do que eles poderiam ter imaginado”, afirmou o embaixador israelense.
Os Estados Unidos e a Rússia defenderam seus aliados, respectivamente, Israel e Irã. “Serei claro: o regime iraniano será responsabilizado por suas ações. E alertamos fortemente o Irã ou seus aliados para não tomarem ações contra os Estados Unidos, ou outras ações contra Israel”, disse a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield.
Por sua vez, o embaixador russo, Vassily Nebenzia, disse que o Irã declarou uma contenção “excepcional” nos últimos meses e que o ataque com mísseis a Israel não pode ser “apresentado como se tudo tivesse acontecido no vacinal, como se nada tivesse acontecido no Líbano e em Gaza, na Síria, no Iêmen” – afirmou, citando locais onde Israel realiza ataques terrestres e/ou bombardeios contra grupos terroristas apoiados pelo Irã.
“Mas aconteceu, e isso levou a uma nova e muito perigosa espiral de um conflito crescente no Oriente Médio”, disse Nebenzia.
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