
O governo de Israel anunciou neste domingo (16) a criação de uma comissão independente de investigação sobre as falhas que permitiram que o grupo terrorista Hamas lançasse os ataques de 7 de outubro de 2023 em território israelense, nos quais mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 251.
Segundo o comunicado oficial, divulgado pela imprensa local, esta comissão não será estatal, mas terá “plenas capacidades para investigar” e o governo se carregará de que sua composição receberá o maior acesso público possível.
Enquanto, em Israel, as comissões estatais têm os seus membros nomeados pelo presidente da Suprema Corte, neste caso será o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que terá a responsabilidade de indicar o comitê ministerial que estabelecerá os prazos e os temas de investigação.
Israel é o único país que conta com um modelo de comissão de investigação independente desta natureza. Desde 1968, foram aplicáveis 20 comissões em Israel para investigar diversos assuntos.
Netanyahu, nestes mais de dois anos de ofensiva israelense, havia se oposto à criação de uma comissão de investigação para apurar as falhas de segurança cometidas antes e durante o massacre do Hamas em outubro de 2023, apesar da maioria da sociedade exigir isso.
O mandatário israelense argumentou que a criação de uma comissão poderia afetar o curso da intervenção em Gaza.
Com a chegada do cessar-fogo na Faixa, em 15 de outubro, o Supremo Tribunal indicou ao governo que já não existia nenhum argumento sólido contra a necessidade de estabelecer uma comissão estatal de investigação e deu-lhe 30 dias para que apresentasse uma nova atualização sobre este assunto.
Até o momento, apenas as Forças de Defesa de Israel e o Shin Bet, uma agência de inteligência interna israelense, realizaram investigações internacionais em 7 de outubro. No entanto, um comitê de especialistas destacado recentemente que a maioria das investigações do Exército realizadas em 2024 era “incompleta e insuficiente”.










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